Após uma semana do naufrágio da lancha Luar C, no Rio Pará, próximo a Ponta de Pedras, no Marajó, 7 pessoas ainda estão desaparecidas. Quatro vítimas morreram e 43 sobreviveram.
A operação de buscas pelas vítimas e pela localização da embarcação terá, a partir de hoje, o reforço do balizador da Marinha, que tem um sonar que facilita a identificação de objetos em grandes profundidades.
Ontem, familiares das vítimas e representantes de entidades do Marajó foram até o Ministério Público do Estado (MPE) pedir apoio na fiscalização de portos e barcos que fazem o transporte de passageiros.
A lancha naufragou no início da tarde de quarta-feira (6). O Corpo de Bombeiros, a Capitania dos Portos e o Grupamento Fluvial atuam com cerca de 30 homens na operação. Para os familiares das vítimas desaparecidas, muito sofrimento e espera.
“A gente espera que as buscas não sejam suspensas”, disse o marítimo Benedito dos Santos, 55, irmão de Raimunda Teles Santos, que está entre os desaparecidos.
Apesar de o principal meio de transporte de quem mora no Marajó ser o fluvial, segundo as pessoas que se reuniram com o procurador de Justiça Nelson Medrado, ontem, há falhas na fiscalização em portos e embarcações que fazem o transporte de passageiros.
Segundo o integrante do grupo ‘Todos juntos na mesma canoa’, Elionor Malato, o precário controle dos portos de Belém e do Marajó, a falta de listas de passageiros e falta de estrutura nas embarcações estão entre as falhas mais comuns.
“As pessoas que vieram aqui queriam ser ouvidas porque são elas que sofrem na pele a precariedade do transporte fluvial”, ressaltou Medrado, que se comprometeu a cobrar que o Estado intensifique a fiscalização na região.
(Denilson D´Almeida/Diário do Pará)
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