Manifestantes pedem cassação definitiva de Zenaldo

Manifestantes se reuniram em frente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Belém, na noite desta segunda-feira (12), para cobrar simbolicamente que o plenário julgue o processo de cassação definitiva do prefeito reeleito de Belém Zenaldo Coutinho. O processo vem arrastando-se desde novembro, e, de acordo com os manifestantes, vem sendo sucessivamente retirado da pauta do dia do tribunal. Nesta terça-feira (13), o TRE-PA poderá votar o recurso de Zenaldo Coutinho a uma das cassações sofridas por ele, referente a irregularidades na inauguração do Bus Rapid Transit (BRT).

“Nosso objetivo com essa manifestação é chamar atenção da Justiça Eleitoral, para que possa fazer esse julgamento o mais breve possível. Já deveria ter sido julgado desde novembro. Eles colocam na pauta do dia e depois retiram em cima da hora, com o claro objetivo de desmobilizar-nos, para depois julgar às escuras, mas não iremos arredar o pé daqui”, relata O Pedagogo Alberto Araújo, uma das cerca de 40 pessoas presentes no ato.

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral promoverá outro ato público pela manutenção da cassação do tucano. O protesto ocorrerá também em frente ao TRE, a partir das 8 horas da manhã desta terça-feira(13).

As cassações

Em novembro, o juiz da 97ª Zona Eleitoral de Belém, Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz, determinou novamente a cassação da candidatura do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, e do vice-prefeito, Orlando Reis.

De acordo com o Tribunal Eleitoral do Pará (TRE-PA), a condenação se deu por prática de conduta vedada e abuso de poder político e econômico. Ainda segundo o TRE-PA, Zenaldo poderá perder o mandato, porém ainda há um processo a ser respeitado, após a publicação no Diário de Justiça.

Antes, em outubro, antes mesmo das eleições municipais, a candidatura do tucano já havia sido cassada. Na época, o juiz da 97ª Zona Eleitoral, Antônio Cláudio Cruz, cassou o registro ou diploma do candidato à reeleição da Prefeitura de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB) e seu vice, Orlando Reis, e o condenou ao pagamento de multa, por entender ele e o seu vice se beneficiaram de conduta ilícita, configurando abuso de autoridade e uso do dinheiro público para alavancar a candidatura.

(DOL)