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GERSON NOGUEIRA

Desaba outro gigante

Quando um grande clube cai, a plebe se diverte, afinal todo mundo torce mesmo pela queda dos maiorais. Quando esse gigante é o Internacional, um dos clubes mais modernos do país e com gestão elogiada por todos, cabe refletir sobre a melhor receita para li

Quando um grande clube cai, a plebe se diverte, afinal todo mundo torce mesmo pela queda dos maiorais. Quando esse gigante é o Internacional, um dos clubes mais modernos do país e com gestão elogiada por todos, cabe refletir sobre a melhor receita para lidar com o futebol nos dias de hoje.

Para o torcedor de arquibancada – principalmente o gremista, arquirrival do Colorado –, a desdita do Inter é motivo para gozações sem fim. Para os que entendem que clubes devem seguir o modelo europeu, com planejamento de longo curso e administração cuidadosa, o rebaixamento mostra que ainda há muito a ser feito na gestão do futebol.

Mesmo com salários em dia, contas em ordem e programa sócio-torcedor sempre em alta, o Internacional não resistiu a algumas decisões infelizes em relação ao elenco e à escolha de treinadores. A prioridade por jogadores caros, nem sempre de qualidade, enfraqueceu o elenco e não deu chance ao surgimento de jovens valores.

O clube fez no Brasileiro tudo o que o manual do rebaixamento prevê para que um time desça para a Segunda Divisão. Começou com um técnico jovem, mas ainda não suficientemente testado, como Argel Fucks. Em seguida, trouxe o ídolo Paulo Roberto Falcão, em clara tentativa de reconciliar diretoria e torcida. Não deu certo.

Já em franco desespero de causa foi contratado Celso Roth, famoso técnico-bombeiro, que costuma salvar times em situação de risco. O elenco não entendeu as orientações de Roth e a campanha piorou ainda mais, levando à demissão do terceiro treinador.

A poucas rodadas do final do campeonato, em total descompasso com a lógica, o clube optou por Lisca, de campanhas irregulares na Série B e de perfil parecido ao de Roth. Apesar dos pulos desengonçados ao lado do campo e do estilo folclórico, Lisca não deu jeito.

Por justiça, deve-se dizer que ninguém conseguiria salvar o tradicional Colorado do rebaixamento ao cabo de uma campanha que teve somente duas vitórias fora de casa. A pálida atuação do time contra o Fluminense, ontem à tarde, prova que não havia entusiasmo entre os jogadores.

Nem eles acreditavam mais no milagre da salvação. A queda só seria evitada em caso de vitória do Figueirense sobre o Sport no Recife e derrota do Vitória (por goleada) para o Palmeiras em Salvador. Isto, obviamente, se o Inter fizesse a sua parte, goleando o Fluminense no Rio. Nada disso aconteceu e a queda se consumou.

Aos poucos clubes que ainda não tiveram o dissabor de serem rebaixados resta por as barbas de molho e encarar a Série A com disciplina e método. Vencer em casa é obrigatório, pois permite acumular uma quantidade de pontos que distancia o time da zona da degola.

O critério de contratações também influi muito nos destinos de um time na competição. O elenco precisa mesclar juventude e maturidade, com pelo menos um grande jogador para servir de referência. É fundamental que o técnico tenha participação na formação do grupo. Feito isso, o resto vai depender dos desígnios da sorte e dos caprichos dos deuses da bola.

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