O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, recebeu ontem, em Brasília, representantes do município de Bragança. Eles foram pedir ajuda para salvar a praia de Ajuruteua, que sofre com os efeitos da erosão. Desde 2008, o mar avançou mais de 35 metros, conforme estudos apresentados pelo professor Marcelo Augusto Moreno, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).
O ministro determinou que uma equipe técnica comece, ainda hoje, a elaboração de um projeto executivo de recuperação, baseado em estudos já realizados pela Ufra. Desde a visita do ministro Helder Barbalho a Bragança, no dia 1º de dezembro passado, a deputada Simone Morgado deu início a uma campanha para salvar a praia de Ajuruteua, um dos mais belos cartões postais do município. Em parceria com o prefeito eleito, Raimundo Oliveira, Simone sensibilizou o ministro para os problemas enfrentados pela população local.
O professor apresentou estudos e monitoramento feitos na região desde 2003. A nova proposta é construir estruturas de arrimo semelhantes a projetos já executados na Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio de Janeiro. Esses projetos foram financiados pelo Ministério da Integração Nacional, que tem, entre suas atribuições, socorrer municípios afetados por erosões.
ESTUDO
“O 1º passo é elaborar um projeto de contenção. Para isso, precisamos fazer um estudo detalhado do avanço da maré”, disse Helder. A equipe de trabalho será coordenada pelo diretor do Departamento de Obras Hídricas do Ministério de Integração Nacional, Marcelo Pereira Borges.
Simone Morgado ressaltou que, pela primeira vez, o Governo Federal foi chamado a se envolver em uma solução para o grave problema que aflige Ajuruteua. “Antes de qualquer intervenção é preciso estudar, de forma profunda, a evolução da maré”, disse a deputada. “Com os estudos em mãos, continuaremos trabalhando junto aos ministérios para conseguir recursos para a viabilização das obras”, explicou.
Participaram também da reunião, além da deputada Simone Morgado e do professor Marcelo Moreno, o presidente da Associação de Moradores de Ajuruteua, Emanuel José Sousa (Neco); e o vereador eleito por Bragança, Bruno Lima.
(Foto: Clemente Schwartz/Arquivo)
Perosão
Com casas e comércios destruídos por causa da erosão, muitos moradores de Ajuruteua tiveram de ser removidos e deslocados para outras áreas.
(Luiza Mello/Diário do Pará)
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