Na próxima quarta-feira, não haverá a tradicional programação do Festival de Iemanjá, em Belém. O evento, realizado há 43 anos, é celebrado nos dias 07 e 08 de dezembro na praia de Outeiro. Desde 2005, o festival tinha concentração e saída oficial da Aldeia Amazônica, no bairro da Pedreira, e seguia até a praia, onde era feito um ritual e as entregas das oferendas afro-religiosas às águas. Mas, nesta edição, cada terreiro fará sua própria festa.
Segundo Itacy Domingues, presidente da União Religiosa dos Cultos Umbandistas e Afro-Brasileiros do Estado do Pará (URCABEP), o Festival de Iemanjá é como o Círio de Nazaré para os afro-religiosos. O evento reúne todos os anos mais de 90 comunidades da Região Metropolitana de Belém e desde 2014 é patrimônio cultural imaterial do Pará. Na concentração em Outeiro, costumavam participar cerca de 70 mil pessoas, de acordo com Domingues.
CRISE
Porém, desta vez a festa será mais privada: cada templo fará sua própria celebração e depois os religiosos devem fazer a oferenda nas praias por conta própria. Por complicações financeiras, não haverá o Festival de costume. “Mas a movimentação, a fé e a oferenda vão continuar. Só não teremos o glamour de antes”, ressalta Domingues.
FESTIVAL DE IEMANJÁ - O Festival de Iemanjá é comemorado de formas diferentes em todo o Brasil. No Pará, tradicionalmente, ele é celebrado como o fim de um ano e o início de outro. |
(Alice Martins Morais/Diário do Pará)
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