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POLÍCIA

Assassinos já não respeitam mais espaços sagrados

Lugares sagrados e usados para momentos de oração, louvor e obtenção de paz espiritual. São algumas das finalidades de templos religiosos erguidos em qualquer lugar na cidade. Porém, diante da tamanha violência, que só faz crescer na Região Metropolitana

Lugares sagrados e usados para momentos de oração, louvor e obtenção de paz espiritual. São algumas das finalidades de templos religiosos erguidos em qualquer lugar na cidade. Porém, diante da tamanha violência, que só faz crescer na Região Metropolitana de Belém, nem mesmo as igrejas estão sendo respeitadas e já passam a fazer parte de um triste cenário de crimes que atentam contra a vida. Do centro da cidade à periferia, onde estão em maior número, pessoas estão sendo assassinadas em frente à igrejas. Em alguns casos, a vítima é morta até dentro do próprio templo, sem o respeito à crença e religiosidade do próximo.

No último dia 12, no Parque Guajará, em Icoaraci, por exemplo, Benilson dos Anjos Correa, 34 anos, foi morto a pauladas em frente a uma igreja evangélica, na Rua L. Do lado de dentro do templo, o culto prosseguiu com as pessoas assustadas com a imagem daquela brutalidade vista antes de entrar na igreja.

No dia 4 de maio desse ano, Márcio Cruz, foi assassinado com 20 tiros – 12 deles na cabeça – na calçada da Igreja do Carmo, no bairro da Cidade Velha, no centro da capital paraense. Mesmo já tendo se passado 6 meses do crime, ainda prevalece a lei do silêncio na área, mas a rotina no lugar segue normal. No exato lugar onde o corpo da vítima ficou caído, foi instalada uma barraca de venda de churrasco e frango assado.

Dupla invadiu igreja evangélica e matou jovem enquanto culto acontecia

Menos de 3 semanas depois desse crime, mais precisamente na noite do dia 24 de maio, no bairro do Jaderlândia, em Ananindeua, Brendo Ferreira Costa, 19 anos, estava sendo perseguido por 2 homens em um carro preto e na fuga ele entrou em uma igreja evangélica quadrangular, construída na Passagem Brasília, mas não conseguiu escapar.

Os atiradores não respeitaram nem o culto que estava sendo realizado naquele exato momento e entraram na igreja e executaram Brendo ali mesmo, em seguida foram embora. As manchas de sangue na parede e na porta da igreja foram pintadas, contudo a cena ainda não foi apagada da memória de quem presenciou aquele crime.

Numa área conhecida por Baixada Fluminense, em Icoaraci, a reportagem transitou pela Passagem São Vicente de Paula, onde encontrou relato de moradores que apontaram uma igreja onde um homem e uma mulher já foram mortos em frente ao templo. Quem indicou o local foi um morador, que preferiu não se identificar. “As vítimas não tinham nada a ver com a igreja, mas foram mortas em frente a ela”, frisou o popular.

Segundo o pastor Benilson Dias, os espaços religiosos são vistos como refúgios para quem tenta escapar de assassinos (Foto: Carmem Helena/Arquivo)

FECHADAS

Em virtude de situações como estas de homicídios e de outras que envolvem até assaltos dentro de igrejas, no horário de cultos, novenas e missas, pastores e padres já começam a adotar algumas medidas preventivas, entre elas até reduzir o tempo em que os templos ficam de portas abertas.

O pastor Benilson Dias, da Igreja Quadrangular, localizada na Avenida Dalva, no bairro da Marambaia, por exemplo, já passou a trancar os portões do templo após alguns minutos do início dos cultos. “A gente percebe que a violência está generalizada e não escolhe lugar para acontecer”,observa o pastor. Por isso passou a manter o templo fechado em alguns horários como medida preventiva.

“Quando começam os cultos a gente deixa passar alguns minutos e então tranca os portões, até mesmo como uma tentativa de impedir que as pessoas sejam feitas reféns dentro da igreja”, atentou Benilson.De maneira geral, a gente observa que as igrejas evangélicas são as que estão presentes em maior números nas periferias - isso é característico delas - por isso acabam sendo as mais vulneráveis. “A igreja é a parte boa da sociedade. É uma instituição sagrada e funciona como refúgio”, desfechou o pastor Benilson.

(Denilson D`almeida/Diário do Pará)

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