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Pará é líder nacional em aumento nos casos de AIDS

Hugo Sousa tem 29 anos e cursa Licenciatura em Letras, na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém. Todos os dias, ele acorda às 6h para ir à faculdade. Depois do almoço, segue para o estágio, na própria faculdade, e à noite volta para casa. Sai com

Hugo Sousa tem 29 anos e cursa Licenciatura em Letras, na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém. Todos os dias, ele acorda às 6h para ir à faculdade. Depois do almoço, segue para o estágio, na própria faculdade, e à noite volta para casa. Sai com os amigos, pratica atividades físicas regularmente. É feliz. Detalhe: há 10 anos, Hugo é portador do HIV, o vírus da Aids.

Ele é só mais um nas estatísticas de incidência da doença no Estado. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, o Pará possui a maior taxa de incidência de novas infecções por HIV no País. Em 2006, o número de casos por cada grupo de 100 mil habitantes era de 13,1. Este ano, pulou para 25,1, um aumento de 91,5%, o maior registrado entre todos os Estados do País e o Distrito Federal.

O Maranhão vem em segundo lugar, com aumento de 82,9%. Os números indicam que há, hoje, no Pará, pouco mais de 2 mil pessoas com Aids. De acordo com o Ministério da Saúde, de 1980 a junho deste ano, foram notificados no País 842 mil casos de Aids. O Brasil tem registrado, anualmente, uma média de 41,1 mil casos nos últimos 5 anos.

Existem, ainda, 372 mil soropositivos sem tratamento para controlar o HIV, o que eleva a chance de transmissão para outras pessoas. A maior parte sabe que está infectada, mas não tem coragem de aceitar a condição.

História da AIDS no Brasil:


APOIO

Hugo foi infectado aos 16 anos, quando foi assaltado e violentado sexualmente, em Belém. Depois de alguns anos, começou a ficar muito doente. Sentia tosse, tinha virose constantemente. “Meu sistema imunológico estava completamente abalado e nenhum médico sabia identificar o que era”, lembra. Ele, então, retornou a Marituba, região metropolitana de Belém, e decidiu fazer o teste de HIV. O resultado foi positivo. Com apoio da família, conseguiu enfrentar a doença.

Hoje, ele adere a uma alimentação saudável e toma 3 doses diárias do medicamento de tratamento, o antiretroviral. O único vilão continua sendo o preconceito. “O mais difícil é conseguir emprego. Pensam que o portador de HIV é incapaz, fica o tempo todo doente”, lamenta.

ESTADOS COM MAIOR AUMENTO NA TAXA DE INFECTADOS PELO VÍRUS DA AIDS:

Pará: 91,5%
Maranhão: 82,9%


ESTADOS COM DIMINUIÇÃO NA TAXA DE DETECÇÃO DA DOENÇA:

São Paulo: 46%
Rio de Janeiro: 22,6%
Santa Catarina: 16,9%
Distrito Federal: 13,1%
Minas Gerais: 11,9%

(Alice Martins Morais e Luiza Mello/Diário do Pará)

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