Sesma é acusada de dar calote

Com a situação cada vez mais caótica no Guamá, o Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, na 14 de Março, está mais lotado. Na noite de domingo (27), a cabeleireira Maria das Graças, 43, foi ao hospital por causa de dor provocada por uma pedra no rim. Mesmo sem se sentir bem, foi liberada anteontem de manhã. No dia seguinte, com dores, voltou para o hospital onde ficou, das 7h às 10h30, esperando para receber medicamento. “Estava chorando de dor e não tinha nem onde sentar”.

Os problemas na saúde municipal também atingem funcionários de serviços gerais e portaria da Brasil Serviços, que presta serviços para a Sesma. Eles estão com 2 meses de salários atrasados, e recebem o vale alimentaçãotambém com atraso.

PROTESTO

Na manhã de ontem, protestaram em frente ao PSM da 14. Aos funcionários, a empresa teria dito que não pagou os salários porque a Sesma deve cerca de R$ 8 milhões. Agente de portaria do PSM da 14, Laércio Santos, 34, contou que tem gente que já tentou se demitir, mas nem isso consegue, pois a empresa alega não ter dinheiro para pagar indenização.

Os funcionários ameaçam entrar em greve. A Sesma disse que reforçou as equipes no PSM da 14 e que o atendimento é definido de acordo com a gravidade do usuário. Já em relação ao pagamento da empresa, afirmou que é feito regularmente.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)