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Pacientes sem atendimento no PSM do Guamá

Se com 4 médicos plantonistas já era difícil, somente com 3 é impossível”. O desabafo é de um dos médicos que integravam a equipe de plantonistas da clínica médica do Pronto-Socorro Municipal Humberto Maradei, o PSM do Guamá, em Belém, que pediu para não

Se com 4 médicos plantonistas já era difícil, somente com 3 é impossível”. O desabafo é de um dos médicos que integravam a equipe de plantonistas da clínica médica do Pronto-Socorro Municipal Humberto Maradei, o PSM do Guamá, em Belém, que pediu para não ser identificado. “Não estamos paralisando nem abandonamos o plantão. Nós entregamos a escala dentro do tempo solicitado porque é totalmente inviável trabalhar nessas condições”, diz.

Os médicos plantonistas souberam da decisão da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) de reduzir a quantidade de médicos por plantão do setor de clínica médica do hospital, anteontem (23).

A medida começou a valer no mesmo dia, a partir do turno da noite, que inicia às 19h e tem duração de 12 horas. Por meio do WhatsApp, a direção do hospital repassou uma mensagem com a informação ao grupo composto pelos plantonistas.

Segundo o plantonista, foi comunicado, ainda, que os médicos que não estivessem de acordo com a medida poderiam entregar a escala até as 14h daquele dia, já que eles não possuem vínculo empregatício com a Sesma. Cerca de 30 profissionais decidiram entregar a escala, segundo o Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa).

Na tarde de ontem, o DIÁRIO foi para a frente do PSM acompanhar como estava o atendimento. Tendo crises de tontura desde terça-feira (22), a aposentada Maria Ferreira Negrão, 76 anos , procurou o hospital, mas deixou o local sem receber atendimento.

“Mandaram eu procurar o posto de saúde do Jurunas”, lamenta a idosa, que mora no Guamá. “Isso é péssimo. Se a gente tivesse dinheiro, minha mãe não estava passando por isso”, disse a filha da paciente, a dona de casa Maria Ferreira, 35.

AFLIÇÃO

Sem saber ao certo o que o filho de 2 anos tem, a dona de casa Daiane Saldanha, 18, ficou aflita ao saber que não havia pediatra para atendê-lo no local e foi orientada a encaminhar a criança para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Sacramento ou o PSM Mário Pinotti, na
travessa 14 de Março.

“Vou ter de levar meu filho para o PSM da 14, porque não vou ficar com ele nesse estado”, lamentou a jovem, ao explicar que seu filho estava com o abdômen inchado, dor e febre.

O médico plantonista explicou que, mesmo com 4 profissionais, o atendimento já era sobrecarregado, mas funcionava com muito esforço da equipe. Ele afirmou, ainda, que a complexidade de um PSM é muito maior do que de uma UPA.

“Essa foi a gota d’água, porque somos totalmente contra essa prática da medicina indigna para com a população”, ressaltou, acrescentando que, por turno, os quatro médicos se dividem para atender os pacientes que dão entrada no PSM do Guamá a todo momento.

Além disso, eles são responsáveis por prestar socorro para os pacientes internados no hospital. “Registramos um BO (Boletim de Ocorrência) para ter mais uma segurança”, diz, ao afirmar que a categoria está disposta a retomar os plantões desde que as escalas sejam restabelecidas com 4 médicos por turno. O BO foi registrado na Seccional Urbana de São Brás, na noite de anteontem.

Sindmepa vai ao MPE para tentar reverter redução

O Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa) pretende acionar o Conselho Regional de Medicina (CRM) e Ministério Público do Pará (MPE) para tentar reverter a redução do número de médicos plantonistas no PSM do Guamá. “Eles alegam redução de custos. Mas, só se faz esta redução onde é possível fazer”, diz o diretor do Sindmepa, João Gouvêa. “É um prejuízo sem tamanho para a população”.

A Sesma afirma que a escala de médicos do PSM do Guamá foi readequada por causa da “diminuição da demanda do hospital”. Segundo a nota, após a reabertura do PSM da 14 e a abertura da UPA da Sacramenta, o fluxo de pacientes diminuiu. A Sesma diz que só a escala dos médicos da porta de entrada foi readequada, mas a escala dos profissionais dos outros setores se mantém.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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