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GERSON NOGUEIRA

A base do Pará em discussão

Garotos esquecidos  Dado Cavalcanti foi franco ao ser perguntado, na sexta-feira, sobre o motivo de pouco aproveitar na Série B jogadores da base do Papão. Com jeito, apontou as falhas de formação como obstáculos à ascensão de jovens atletas no clube par

Garotos esquecidos

Dado Cavalcanti foi franco ao ser perguntado, na sexta-feira, sobre o motivo de pouco aproveitar na Série B jogadores da base do Papão. Com jeito, apontou as falhas de formação como obstáculos à ascensão de jovens atletas no clube para justificar o critério de privilegiar os importados, mesmo nas rodadas finais do campeonato.

Não é o primeiro a dizer isso, embora de forma diferente. Há dois anos, Mazola Jr. afirmou que o problema da base no futebol do Pará é que não há base. Foi fundo e citou problemas de saúde (desnutrição, verminose) envolvendo jovens promessas do futebol bicolor. Há quem não goste, mas há um quê de razão nas duas análises.

É fato que os dois grandes clubes de Belém – da Tuna já falei anteontem – só olham em direção às divisões de base na hora do aperreio financeiro, como faz o Remo agora, ou quando surge a necessidade de completar o elenco de profissionais.

De maneira geral, os garotos são esquecidos ou pouco observados nos clubes. Entregues a técnicos nem sempre habilitados para essa fase de formação, dependem do fator sorte para se consolidar – e da generosidade de alguns poucos baluartes, que contribuem com alimentos e até com o dinheiro do transporte para os treinos.

A última tentativa de investimento nos juniores coube ao Remo, em 2013, e levou o clube às quartas de final da Copa do Brasil Sub-20, sem que nenhum dos jogadores ali revelados tivesse aproveitamento digno no time profissional nos dois anos subsequentes.

No Papão, que teve em Pikachu (cria da base) seu grande nome na temporada 2015, o exemplo não frutificou. Neste ano, apenas o volante Rodrigo Andrade foi guindado à equipe titular, mas o zagueiro Pablo, outro nativo, perdeu espaço.

Dado pode ter lá suas razões em não apostar nos valores domésticos, mas cabe ao clube dedicar um olhar mais atento e objetivo para suas divisões de base. Não basta participar da hoje pouco prestigiada Copa São Paulo de Juniores. É preciso formar e aproveitar os jovens atletas.

Leandro Carvalho, um dos mais habilidosos atacantes surgidos na Curuzu, já é avaliado como um caso perdido. Problemas extracampo impediram que se firmasse no time, apesar de boas atuações na Copa Verde 2015. Perambulou por outros clubes, por empréstimo, como se o clube não soubesse o que fazer com ele. Seu retorno confirmou essa impressão. Não foi mais aproveitado e está na lista dos disponíveis.

O comportamento inadequado seria o maior entrave para que Leandro se estabeleça como profissional, mas as deficiências de sua formação têm a ver com as limitações da própria estrutura da base alviceleste.

Para que uma revelação vingue, precisa passar por um minucioso processo de acompanhamento, que inclui assistência em todas as etapas de sua vida. O craque não nasce pronto. Traz habilidades naturais que devem ser trabalhadas e potencializadas, sem esquecer a formação do cidadão.

Bola na Torre

Ricardo Ribeiro, vice-presidente da Chapa 10 à eleição presidencial do Remo, é o entrevistado deste domingo. A apresentação é de Guilherme Guerreiro, com a participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Começa logo depois do Pânico, na RBATV, por volta de 00h30.

A saga dos meninos heróis de Portel

Um exemplo comovente de humildade e superação vem sendo dado nos Jogos Escolares da Juventude, em João Pessoa (PB), pelo time de futsal da Escola Paulino de Brito, de Portel. Alcançou as semifinais do torneio nacional depois de superar muitos desafios, incluindo o duro seletivo com outras equipes paraenses e a viagem de ônibus até a capital paraibana.

Para tornar possível o sonho de disputar os Jogos, os pais dos jogadores tiveram que contribuir com R$ 350,00, cada. Além disso, o grupo saiu fazendo rifas, coletas e pedindo ajuda de amigos da cidade marajoara. Sem qualquer ajuda oficial, pode-se dizer que os garotos do futsal portelense transformaram limão em limonada.

Cansados da viagem de 40 horas, perderam na estreia para o colégio Amorim Tatuapé (SP), por 3 a 2. A reabilitação veio no jogo seguinte, sobre o colégio Encanto Unidade (RN), por 3 a 1. Na quinta-feira, a vitória foi sobre os paranaenses de Campo Mourão, também por 3 a 1, em partida emocionante e definida nos segundos finais.

A presença da Escola Paulino de Brito nas semifinais dos Jogos (organizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro) já constitui uma tremenda façanha, levando em conta o nível dos demais competidores e os apertos enfrentados pelos meninos para chegarem à Paraíba.

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