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Ato denuncia a violência contra os negros

Ao som do batuque do tambor, duas grandes rodas de mulheres foram feitas na Praça da República, na noite de ontem, em Belém. Elas cantavam músicas que enalteciam o negro, ao mesmo tempo em que denunciavam a violência contra a população negra no Brasil. As

Ao som do batuque do tambor, duas grandes rodas de mulheres foram feitas na Praça da República, na noite de ontem, em Belém. Elas cantavam músicas que enalteciam o negro, ao mesmo tempo em que denunciavam a violência contra a população negra no Brasil. As rodas fizeram parte da manifestação promovida pelo Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa). Até amanhã, várias ações estão sendo realizadas para lembrar um ano da Marcha das Mulheres Negras, em Brasília, dentro da programação do Dia da Consciência Negra, realizado neste domingo.

Para a Jucilene Carvalho, membro do Fórum Permanente de Afro Religiosos e do Movimento Atitude Afro, os eventos - seminários, palestras, mesas de debates e grupos de trabalho - representam um protesto da comunidade contra o preconceito com os negros, em especial com a mulher negra. “Estamos denunciando a intolerância contra os afro religiosos, que passaram a ter seus terreiros invadidos”, pontuou Jucilene, que também é mãe de santo.

Vítimas

Ela apontou que, somente este ano, no Pará, já são 9 pais de santo mortos de forma violenta. O caso mais recente foi o do pai Banjo, em Icoaraci, assassinado a tiros na porta de sua casa, no último dia 29 de setembro. “Estamos lutando pela criação de um grupo de trabalho dentro do Conselho de Segurança Pública do Pará para discutir essa questão. Os terreiros fazem parte da história de Belém”, informou.

Membros do movimento negro de outros Estados também estão em Belém para participar dos debates. Carmen Silva, que é do Movimento Articulação de Mulheres Brasileiras, veio de Recife para discutir temas relacionados as políticas públicas para as mulheres negras. “Está cada vez mais difícil ser mulher no Brasil, principalmente se você for negra e pobre”, lamentou Carmen, que ressaltou a necessidade de se ampliarem as políticas públicas para as mulheres.

Ela também denuncia o aumento da violência contra os espaços afrorreligiosos. “A luta da mulher negra, hoje, é contra o fundamentalismo religioso e contra o machismo”, completou Carmem.

Homicídios

Segundo o Mapa da Violência 2016, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, a taxa de homicídios de negros aumentou 9,9% entre 2003 e 2014, no Brasil.

Segundo a pesquisa, morrem 2,6 vezes mais negros do que brancos vítimas de arma de fogo no País.

(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)

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