Círio: maior parte das ocupações foi informal

Cerca de 90% das até 70 mil ocupações ocorridas em função do Círio de Nazaré 2016 foram geradas no mercado informal. O perfil desses trabalhadores, assim como os dos que atuam na coleta de resíduos sólidos, foi traçado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Governo do Estado.

Os dados foram divulgados na manhã de ontem. O procurador do trabalho do MPT, Rafael Dias Marques, aponta que o objetivo do projeto é buscar subsídios para o desenvolvimento de ações que promovam o trabalho decente. “Esse perfil vai melhor pautar e orientar as nossas ações para que possamos elevar os padrões de trabalho decente”, destacou.

CAPACITAÇÃO

Como exemplo das medidas que podem ser desenvolvidas a partir das informações obtidas está a promoção de capacitações nas áreas de interesse dessas pessoas. Dos cerca de 200 trabalhadores da coleta de resíduos sólidos entrevistados, 25,64% informaram que gostariam de se qualificar na área de computação.

“O desenvolvimento de cursos específicos nos setores apontados por eles pode contribuir, inclusive para a mudança da área de atuação daquele trabalhador”, explicou. No que diz respeito à coleta de resíduos, foram ouvidos os trabalhadores de 3 cooperativas que atuam diretamente nas festividades do Círio. Já os cerca de 600 trabalhadores informais entrevistados foram os encontrados ao longo do percurso do Círio e das ruas transversais nos dias 8 e 9 de outubro, dias da Trasladação e do Círio.

(Cintiaq Magno/Diário do Pará)