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Manifestantes fazem protesto em frente a Alepa

Durante esta quinta-feira (17), entidades sociais fizeram um ato para marcar os dois anos da chamada "Chacina de Belém". Na madrugada, entre os dias 4 e 5 de novembro de 2014, 11 pessoas foram mortas em cinco bairros da capital paraense (Terra Firme, Guam

Durante esta quinta-feira (17), entidades sociais fizeram um ato para marcar os dois anos da chamada "Chacina de Belém". Na madrugada, entre os dias 4 e 5 de novembro de 2014, 11 pessoas foram mortas em cinco bairros da capital paraense (Terra Firme, Guamá, Jurunas, Tapanã e Sideral).

Com o tema, "Do luto à luta: periferia resiste", a concentração ocorreu às 7h30 e a saída às 9h, da escadinha da Estação das Docas, com destino a sede do Ministério Público do Estado do Pará (MPE). Depois, seguiram até a Alepa.

"Esse processo se intensificou e está se generalizando. É um sistema epidêmico. Os jovens têm medo dos carros pretos e cinzas e não ficam mais nas esquina", lamenta Francisco Batista, 37 anos, membro do coletivo "Tela Firme", um dos que acompanhou as famílias desde a ocorrência da chacina.

Veja o depoimento completo de Francisco:

Uma carta de reivindicações foi preparada para o MPE, segundo Paula Pimentel, integrante do coletivo Direitos Humanos contra a Violência e pela Vida (Dhavida). Entre os pontos principais, a carta pede que a Polícia Federal cuide dos casos que foram arquivados. "Esse pedido demonstra um anseio por parte dos familiares para que se busque maior autonomia e independência na investigação", lembra Paula.

Imagem: Kleberson Santos/DOL

As famílias dizem que não têm muitas informações sobre os processos envolvendo os crimes. "O que mais afeta os familiares é que não tenha havido, ainda, um desfecho satisfatório para as famílias das vítimas", afirma Francisco Batista, membro do Coletivo Terra Firme.

No início da tarde, os manifestantes chegaram à Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), onde queimaram alguns objetos em frente ao local, se reuniram e falaram palavras de ordem.

De acordo com Carlos Gouvêa, do Movimento RUA - Juventude anticapitalista, o objetivo do protesto é chamar a atenção dos parlamentares para a CPI das Milícias e para reivindicar maior atenção ao que chamou de "omissão" do Governo do Estado contra a morte de jovens negros nas periferias.

MAPA DA VIOLÊNCIA

O "Mapa da Violência 2016: homicídios por armas de fogo no Brasil", estudo que pesquisa a evolução de mortes causadas por armas de fogo no período de 1980 a 2014, apontou que as maiores vítimas são homens jovens e negros.

Segundo os dados do estudo entre 2003 e 2014 as taxas de homicídios por arma de fogo na população branca diminuiu 26,1% enquanto que na população negra aumentou 46,9%. No ano de 2003 morriam 71,7% mais negros do que brancos, em 2014 esse número saltou para 158,9%, ou seja, morrem 2,6 vezes mais negros do que brancos no País.


POLÍCIA CIVIL

Em nota, a Polícia Civil informou que os 11 inquéritos instaurados para apurar as mortes já foram concluídos desde o início deste ano. Os processos tramitam na Justiça do Estado. Ao todo, nove pessoas foram indiciadas pelos homicídios, das quais 3 pela morte do cabo Pety e as demais por envolvimento nos outros assassinatos. Ainda de acordo com a Polícia, oito estão presos e um está em liberdade provisória.

(Com informações de Kleberson Santos/DOL e Wal Sarges/Diário do Pará)

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