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Governo omite dados sobre violência no Pará

O Estado do Pará esconde do País uma realidade alarmante: apesar de ter sido o primeiro em número de homicídios cometidos por crianças e adolescentes, não divulga seus dados para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Último registro encaminhado pelo go

O Estado do Pará esconde do País uma realidade alarmante: apesar de ter sido o primeiro em número de homicídios cometidos por crianças e adolescentes, não divulga seus dados para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Último registro encaminhado pelo governo de Simão Jatene, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) para a produção do Anuário Brasileiro ocorreu em 2014, e mostra que foram abertos 405 inquéritos de homicídios relatados com autoria de criança ou adolescente. Na última edição do anuário, o Estado de Alagoas aparece como recordista, com a abertura de 182 inquéritos.

Os dados não revelados pela Segup chamaram a atenção do jornalista Leandro Mazzini, titular do blog “Coluna Esplanada” e um dos mais respeitados jornalistas e analistas políticos do País. Mazzini lembra que a última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado no início de novembro, traz compilação dos dados de secretarias de Segurança de apenas 7 estados, dos quais Alagoas foi o recordista de registros.

Para o jornalista, isso indica que o cenário é muito pior, em razão de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Pará – historicamente com mais registros – não mostrarem seus dados. Para um dos maiores opositores à proposta brasileira de redução da maioridade penal, o gerente de projetos no Brasil do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mario Volpi, o País precisa ter um sistema de informações mais preciso sobre a situação de menores que cometem assassinatos.


CRIMES

“Hoje ninguém sabe quantos homicídios são praticados por esse jovem de 16 ou 17 anos que é o alvo da proposta de redução da maioridade penal”, revela Volpi. Em 2015, foram instaurados 613 inquéritos policiais com homicídios causados por crianças ou adolescentes apenas nestes 7 Estados.

“O campeão de 2015 foi Alagoas, com 182 inquéritos. Perde feio para o Pará, que em 2014 registrou 405 inquéritos”, revela o jornalista, que é pós-graduado em Ciência Política pela Universidade Federal de Brasília (UnB). Os dados apontam que a entrada de crianças e adolescentes no mundo do crime tem aumentado no País, sobretudo por meio do tráfico de drogas. Eles costumam começar, desde cedo, a aprender a manusear armas, tanto as brancas quanto as de grosso calibre.

Em todo o País não há registros oficiais sobre o número de homicídios praticados por adolescentes. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública é uma organização não governamental e não obriga os entes federativos a fazerem a entrega de dados.

(Luiza Mello/Diário do Pará)

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