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Obra poética do paraense é tema de colóquio

Importante poeta paraense, que fez parte da geração de Haroldo Maranhão, Mário Faustino, Benedito Nunes e Max Martins, Paulo Plínio Abreu ainda tem uma obra a ser redescoberta. Seu único livro, “Poesias”, foi editado postumamente, em 1978, e reeditado em

Importante poeta paraense, que fez parte da geração de Haroldo Maranhão, Mário Faustino, Benedito Nunes e Max Martins, Paulo Plínio Abreu ainda tem uma obra a ser redescoberta. Seu único livro, “Poesias”, foi editado postumamente, em 1978, e reeditado em 2009, mas ainda existem lacunas. Para trazer à tona e provocar o debate sobre sua obra, a revista literária “Polichinello” realiza hoje e sexta-feira um colóquio especial sobre o autor, no Museu da Universidade Federal do Pará, em Belém.

De acordo com Nilson de Oliveira, editor da “Polichinello” e um dos organizadores do evento, trata-se de uma homenagem aos 95 anos de nascimento do poeta, completados em 19 de junho deste ano. O poeta morreu em Belém, em 1959.

Paulo Plínio Abreu foi fruto de uma juventude instruída pelo professor Francisco Paulo Mendes, que ministrava a disciplina de Língua Portuguesa no Colégio Paes de Carvalho. Ele prezava pela educação dos pupilos e dispunha de seu acervo para os seus alunos. O que Nilson Oliveira aponta como sendo uma das chaves para a compreensão da geração da qual Plínio fez parte.

O organizador destaca que, no entanto, o poeta sempre foi muito discreto. “Ele se afeiçoou pela poesia pós-simbolista, que está ali depois do Rimbaud, Mallarmé, como Max e Haroldo, que tinham também grande interesse pelos autores de língua francesa, e ele também foi em busca dos poetas alemães e de língua inglesa. Foi leitor do Rilke, dos americanos, como T.S. Eliot. Leu tanto Rilke a ponto de ser tradutor dele, um dos primeiros no Brasil. Com auxílio do antropólogo Peter Paul Hilbert, traduziu ‘As Elegias de Duíno”, lembra Nilson Oliveira.

Paulo Plínio também foi colaborador dos suplementos literários de jornais e revistas e tem uma densa poesia, com potencial imagético. “Ele tem essa característica muito forte, uma poesia moderna, no sentido de ser uma poesia do texto, que se faz no combate da escrita, da experiência do texto literário, mas com dimensão cósmica, traçando um universo que abre para o outro para o além, com referências que estão sempre traçando outro universo, outra possibilidade para a linguagem. Num plano muito forte e cintilante”, comenta o organizador.

A programação tem a participação de artistas, poetas, estudiosos e entusiastas da obra de Paulo Plínio Abreu e vai destacar a obra do poeta a partir de uma perspectiva plural e da sua conexão com a filosofia, as artes visuais e questões sobre tradução, por exemplo. O colóquio terá ainda, exposições, projeção de vídeos e performances. “É a nossa persistência para estudar a sua obra e trazê-lo à cena”, diz Nilson.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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