Campanha alerta para violência contra jornalistas

Nesta quarta-feira (2), Dia Internacional de Combate à Impunidade de Crimes contra Jornalistas, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e os Sindicatos de Jornalistas do país chamam atenção da sociedade para a grave situação da violência contra os jornalistas e profissionais da comunicação.

Somente neste ano, cinco comunicadores - dois jornalistas, um radialista, um comunicador popular e um blogueiro - foram assassinados no Brasil, em crimes que apontam relações com suas atividades.

IMPUNIDADE

O que mais revolta os profissionais da área é a impunidade, já que dos cinco crimes, quatro continuam sem solução. Apenas o assassinato do jornalista João Miranda do Carmo, em Goiás, foi investigado e os culpados indiciados em inquérito policial.

A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2013, em decorrência do crescimento dos casos de violência contra jornalistas e da permanência da situação de impunidade.

De acordo com a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), apenas um em cada dez casos de assassinatos de jornalistas no mundo é investigado.

PUNIÇÃO

A FENAJ e os Sindicatos defendem um conjunto de medidas de combate à violência, como a criação do Observatório da Violência contra Comunicadores, no âmbito da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, responsável por registrar as agressões e também acompanhar as investigações.

Além disso, o grupo reivindica junto ao Ministério Público, a implementação de um protocolo de atuação das forças de segurança, principalmente durante manifestações populares e, que há repressão policial.

O grupo defende ainda, a instituição de um protocolo de segurança adotado pelas empresas, no sentido se assumirem o compromisso de criar comissões de segurança, fornecendo equipamentos de proteção e ofertando cursos de treinamento para os profissionais submetidos a situações de risco.

(Com informações da FENAJ)