Disque-Denúncia fecha com 231 reclamações

Os crimes de utilização da máquina pública e compra de voto representam mais de 50% do total das denúncias recebidas pelo Disque-Denúncia neste segundo turno das eleições, em Belém. Durante a segunda parte do pleito, 231 denúncias foram registradas pelo Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral da Comissão de Justiça e Paz da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Somando as denúncias recebidas no primeiro turno do pleito, 6.312, e as 231 do segundo turno, as Eleições Municipais de 2016 foram as que receberam o maior número de queixas por meio do número de telefone disponibilizado pela CNBB. Para a integrante do Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral, Mary Cohen, a maior facilidade em juntar provas, (como fotos e vídeos) que dão materialidade às denúncias, pode ter contribuído para o aumento. “É um cenário que angustia o cidadão por ver uma eleição tão viciada”, comenta Mary Cohen.

Além do uso da máquina e da compra de votos, as ocorrências de boca de urna e propaganda irregular também estão entre as mais denunciadas. “As ligações foram muitas, mas esses números se referem apenas às denúncias que têm condições de ir em frente, que têm alguma materialidade”, reforça.

Apesar de encerrado o serviço de recebimento de ligações, o comitê ainda está atuando no encaminhamento das denúncias à Justiça Eleitoral. “A expectativa do eleitor que denuncia é que a Justiça Eleitoral responda”, diz Cohen.

DENÚNCIAS NO 2º TURNO

231 - As principais denúncias foram utilização da máquina pública e compra de votos. Ambas representam mais de 50% dos casos denunciados. Terra Firme e Mosqueiro lideram as ocorrências.

(Cintia Magno/Diário do Pará)