plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 24°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Zenaldo abandona crianças autistas

Desde que o filho foi diagnosticado com autismo, o designer gráfico Luiz Otávio Ferreira, 42 anos, encontrou na Casa do Autista o acompanhamento multidisciplinar necessário para a criança. Fundada através da iniciativa de pais e se mantendo através de doa

Desde que o filho foi diagnosticado com autismo, o designer gráfico Luiz Otávio Ferreira, 42 anos, encontrou na Casa do Autista o acompanhamento multidisciplinar necessário para a criança. Fundada através da iniciativa de pais e se mantendo através de doações e realização de eventos, a associação exerce uma função que deveria ser prestada também pelo poder público. Mas não é isso que acontece. Para piorar, quando teve a oportunidade de fazer a diferença, o prefeito Zenaldo Coutinho simplesmente ignorou a necessidade de centenas de pais e crianças.

No dia 2 de fevereiro deste ano, a prefeitura publicou, no Diário Oficial, o veto à criação de Centros de Reabilitação Integral para Autistas. De autoria do vereador Vandick Lima (PPS), o projeto de lei previa a criação dos centros e chegou a ser aprovado na Câmara Municipal de Belém (CMB) no dia 15 de dezembro de 2015. Ao seguir para a sanção da Prefeitura, porém, as expectativas dos pais foram frustradas com o veto.

Luiz Otávio só encontra uma palavra para descrever a situação. “É um verdadeiro absurdo!”. Hoje com quatro anos de idade, o filho de Luiz faz acompanhamento com fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e psicopedagogo. “Os tratamentos particulares existentes são muito caros. Se não fosse a Casa do Autista, acredito que meu filho não conseguiria ter se desenvolvido tanto quanto ele já se desenvolveu”.

SUPERAÇÃO

A assistente social Rita Lobo, 28, é mãe do Matheus, de 4 anos, diagnosticado com autismo desde 1 ano de idade. “Antes, ele tinha muitos comportamentos diferentes, presença nenhuma de fala e pouco socializava. Por isso, precisa de acompanhamento. Hoje, está muito melhor e adora estar perto de outras crianças”, conta. “É uma perda muito grande não ter o Centro, porque, com certeza, ajudaria muitas famílias. Não apenas com o tratamento, mas com o suporte e orientação”, acredita.

Também mãe de criança autista, a profissional de recursos humanos Késia Costa, 32, sentiu na pele a falta de conhecimento e de serviços sobre o distúrbio em Belém. Ela começou a perceber sinais de que o filho, Rafael Costa, hoje com 10 anos, seria autista ainda quando ele tinha 4 anos, mas, pela carência da capital, só foi ter o diagnóstico 3 anos depois. “O atraso dificultou muito, porque ele precisava de tratamento urgente,”, lembra. “Somente quando você vê o tamanho da dificuldade de um pai ou de uma mãe é que dá para saber o quanto seria importante ter um centro assim”, ressalta.

(Alice Martins Morais e Cintia Magno)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias