O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, parou de pagar a empresa Guamá, que administra a Central de Processamento e Tratamento de Resíduos (CPTR), que recebe o lixo recolhido na capital.
Com o calote, a empresa está limitando o descarregamento do lixo. E esta redução ocasiona, sobretudo, a permanência de caminhões na entrada do aterro sanitário, nos quilômetros iniciais da Rodovia Alça Viária. A situação prejudica a população, que vê o já precário serviço de coleta de lixo piorar ainda mais.
Procurada pelo DIÁRIO, a empresa não informou o montante da dívida. Contudo, por meio de sua assessoria, a Guamá informa que espera a regularização do débito com brevidade, para que seu funcionamento seja restabelecido dentro de sua normalidade.
Na tarde da última terça-feira (25), a reportagem do DIÁRIO recebeu denúncias feitas por trabalhadores da empresa e constatou uma fila de caminhões formada na entrada do aterro sanitário, no quilômetro 3 da Alça Viária, em Marituba, Região Metropolitana de Belém.
Segundo o motorista Dinorlan Favacho, de 29 anos, os caminhões são obrigados a obedecer aos horários de chegada de cada veículo para conseguir fazer o trabalho.
ACESSO LIMITADO
Tal liberação tem sido restringida pela empresa, até que a Prefeitura de Belém pague o que deve. “De uma em uma hora, os motoristas são liberados para descarregar o lixo. Então, quem chega no fim da tarde, por exemplo, acaba ficando até a noite”, reclama Favacho.
Anteontem, novamente, foi imposto um intervalo de 15 minutos para que os caminhões fizessem o descarregamento de resíduos sólidos no local. Essa restrição de tempo começou no dia 21, segundo os motoristas, prejudicando a população sem a coleta de lixo regular.
PREJUÍZOS
Antes da restrição de tempo, o motorista Vando Silva, 55, disse que, em um dia inteiro, conseguia cumprir uma rota que abrangia cerca de 27 a 30 ruas de bairros de Belém, agora somente uma parte dos bairros é contemplada com a coleta seletiva de lixo.
“Depois que isso começou, atrapalhou muito. A gente deixa de cobrir muitos bairros, porque tem de dar 2 voltas aqui”, lamenta.
(Diário do Pará)
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