Rádio Marajoara é punida por propaganda irregular

A Justiça Eleitoral determinou a suspensão do sinal das emissoras Rádio Marajoara FM, pelo período de 24 horas, por descumprimento de determinação judicial e veiculação de entrevista com candidato à reeleição Zenaldo Coutinho (PSDB), no programa do radialista Nonato Pereira, configurando-a como "propaganda eleitoral disfarçada".

A decisão foi proferida pelo juiz da 97ª Zona Eleitoral, Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz, após a coligação "Juntos Pela Mudança" ter impetrado uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra a coligação "União por uma Belém do Bem" e candidatos Zenaldo Coutinho e seu vice, Orlando Reis Pantoja.

Além dos políticos, a ação também é direcionada a Silvio Carlos Baía Santos, Carlos José Oliveira Santos e as Emissoras Rádio Marajora Ltda.

Confira a decisão:

PROPAGANDA IRREGULAR E USO INDEVIDO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

A decisão pela suspensão do sinal ocorreu devido o juiz da 97ª Zona Eleitoral ter emitido decisão, no dia 28 de setembro deste ano, atestando que a Rádio Marajoara realizou "propaganda eleitoral irregular na forma de divulgação simulada de pesquisa e uso indevido dos meios de comunicação", por meio do programa de entrevista do apresentador Silvio Santos, no último dia 23 de setembro.

Portanto, naquele despacho, o juiz havia determinado que a Rádio Marajoara não voltasse a veicular "propaganda eleitoral em desacordo com a previsão legal citada".

No entanto, segundo a decisão mais recente, a Rádio Marajoara descumpriu a determinação novamente, veiculando entrevista com Zenaldo Coutinho para mascarar uma propaganda eleitoral.

A entrevista citada no processo foi veiculada nesta quarta-feira (26), no programa apresentado pelo radialista Nonato Pereira.

Além de suspender o sinal da rádio por 24 horas, o juiz determinou que seja feito um bloqueio judicial no valor de R$ 200 mil para pagamento da multa previamente determinada no caso de descumprimento.

Até a publicação desta reportagem, as Emissoras Rádio Marajoara FM ainda operavam normalmente.

(DOL)