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Prefeitura de Belém abandona Mosqueiro

Os moradores de Mosqueiro se sentem esquecidos pela Prefeitura de Belém. O resultado dessa situação de abandono é uma soma de problemas: orla destruída pela erosão, ruas sem asfalto e com buracos, iluminação pública precária e outras dificuldades que malt

Os moradores de Mosqueiro se sentem esquecidos pela Prefeitura de Belém. O resultado dessa situação de abandono é uma soma de problemas: orla destruída pela erosão, ruas sem asfalto e com buracos, iluminação pública precária e outras dificuldades que maltratam moradores e visitantes. A estudante Carla Maria, 18 anos, nasceu e cresceu em Mosqueiro, distrito de Belém conhecido principalmente pelas suas belas praias. Ela conta que os próprios moradores têm de resolver situações de responsabilidade do poder público.

“Na Baía do Sol, a ponte para descer para a Prainha estava velha. Os moradores fizeram uma nova, depois que uma senhora caiu e se machucou”. Carla, que faz curso preparatório para vestibular no centro de Belém, também reclama da dificuldade de locomoção. Segundo ela, há apenas uma linha de ônibus público, que vai do distrito até São Brás, em Belém, com horários de partida limitados: 5h30, 10h30 e 14h. “Eu tenho de ir cedo. Mesmo
assim, vai lotado”.

Para agravar a situação, Carla diz que, ao chegar em casa, na rua Ipixuna, tem de enfrentar problemas com a iluminação pública deficiente, o que aumenta o clima de insegurança. “Os postes têm lâmpadas, mas não é sempre que acendem. Muitas estão queimadas”, relata.

MARÉ

O pescador Manoel Sá, 56, também nasceu e se criou na Baía do Sol e conta que a maré avança em direção às casas. “A Prefeitura vê que a erosão está acontecendo, mas não faz nada. A última vez que fizeram algo foi há mais de 10 anos, quando construíram o muro da orla”, reclama, ao mostrar vestígios de como era a Baía do Sol. Onde hoje é areia, havia uma rua asfaltada. “Com o tempo, a maré quebrou a rua. A gente costumava ter um bar aqui quando a rua ainda passava e vinha gente para cá”, diz. “Agora, o bar está abandonado”. Nas orlas do Murumbira, Paraíso, Porto Arthur e Praia Grande, a imagem é a mesma: a erosão está cada vez maior. Porém, não há sinais de obras, apenas barreiras de contenção. O comerciante Walber Nador, 34, diz que a situação traz prejuízos para os comerciantes. “Está assim desde setembro passado e caiu o movimento. A gente já foi reclamar, mas nunca dão uma resposta”.

Ruas com buracos, lama e muito mato

Na entrada da passagem São Geraldo, que dá acesso à Praia Grande, em Mosqueiro, o descaso se torna ainda mais visível. Ali não tem asfaltamento e o mato toma conta. A comerciante Tamilis Silva, 28 anos, tem um filho de 6 anos que precisa se locomover em uma cadeira de rodas. “É muito difícil porque as ruas são esburacadas e fica balançando a cadeira”. Na alameda do Carmo, perto da avenida 16 de Novembro, o cenário é de buracos, matagal e lama. “Ninguém faz nada”, reclama o aposentado Francisco da Silva, 68, cuja sobrinha mora na alameda.

No distrito de Outeiro, há lixo em quase todas as ruas (Foto: Wagner Santana)

Outeiro também sofre com o descaso

Outeiro também padece com a falta de atenção da Prefeitura de Belém. Na avenida Paulo Costa, rota de acesso para as principais praias do distrito, falta uma sinalização adequada e ciclovia. Pedestres e ciclistas se arriscam em meio aos veículos. Já as vias transversais estão tomadas pelo mato, lixo, sem saneamento e pavimentação asfáltica.

Para o mototaxista Walmir Franco, 42, ter de pisar na lama é uma realidade enfrentada por muitos moradores. Ele se inclui nesse grupo. Vivendo há 26 anos na travessa 3 Marias, no bairro Água Boa, Walmir lembra que o local nunca recebeu melhorias. Buracos, piçarra e o mato que já ocupa metade da via dificultam o tráfego.

“Cada ano que passa fica pior. Os carros não conseguem mais passar por aqui”, conta o morador. Segundo ele, o problema tem piorado por não haver rede de esgoto no bairro. Com isso, a água da chuva invade e vai “cavando” a rua até chegar ao igarapé, no final da via. Mais adiante, na orla da Praia do Amor, há um espaço que deveria servir de lazer para os visitantes. Mas o que se vê é uma praça deteriorada, com bancos e brinquedos quebrados e encobertos pelo mato.

(Diário do Pará)

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