Edmilson e Zenaldo se acusam em debate sobre saúde

No debate promovido ontem (24) à noite por 4 entidades médicas para discutir propostas voltadas à saúde pública, não faltaram acusações entre os candidatos à Prefeitura de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB) e Edmilson Rodrigues (PSol) e suas torcidas. Em cerca de 2h30, o debate contou com perguntas dos espectadores (enviadas por WhatsApp), da organização e dos candidatos.

As propostas apresentadas para a saúde giravam em torno de uma mesma promessa, para os 2 lados: conclusão de obras em andamento, valorização do servidor, reforço das equipes médicas e das parcerias com a iniciativa privada. Aplausos, vaias e xingamentos de um lado para o outro dominaram a dinâmica da plateia do debate. A mediadora da sabatina, a jornalista Nélia Ruffeil, pediu por várias vezes aos participantes que mantivessem a calma, e chegou a perder a paciência no momento das considerações finais dos candidatos, ordenando a saída de um grupo de pessoas que não deixava Edmilson terminar sua fala. Por várias vezes, tanto Zenaldo quanto Edmilson se irritaram diante da reação das torcidas.

TEMAS

Reorganização da atenção básica, investimentos a mais e a menos feitos durante as gestões de ambos os candidatos e situação dos hospitais públicos foram os assuntos mais citados nas perguntas e nas respostas. Zenaldo se exaltou ao ser questionado por Edmilson sobre o fato de o Ministério Público Estadual tê-lo indiciado por homicídio culposo em razão do incêndio do Pronto Socorro Municipal da 14 de Março, em 2014. Chegou a chamar o adversário de mentiroso. Durante a pergunta feita pelo Sindmepa sobre a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria, o clima inflamou entre as torcidas, que se xingavam mutuamente, e três policiais militares chegaram a entrar no local do debate, mas ninguém precisou ser retirado.

QUEM PROMOVEU

O debate foi promovido pelo Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA), Sociedade Médico Cirúrgica do Pará (SMCP) e Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde do Pará (Sindespa).

(Diário do Pará)