Zenaldo desperdiça R$ 100 milhões em obras paradas

A cidade de Belém vai perder mais de R$ 100 milhões que poderiam - e deveriam - ser investidos no bem da população da capital paraense. Motivo: o prefeito, Zenaldo Coutinho, abandonou obras importantes para a cidade. E, como grande parte da verba que seria utilizada nessas obras foi enviada pelo Governo Federal e têm prazo para ser empregadas, Zenaldo é obrigado a devolver o dinheiro à União, por não ter realizado o trabalho no prazo determinado. Caso clássico de descaso com a cidade e com o dinheiro público.

A partir de hoje, o DIÁRIO publica uma série de reportagens para tratar desse assunto, abordando três grandes obras que o prefeito de Belém entregou ao abandono: Vila da Barca, Estrada Nova e Paracuri. A 1ª reportagem é sobre a Vila da Barca. O prefeito, que tenta se reeleger, conseguiu a façanha de passar os últimos 4 anos fazendo promessas à população do local, no bairro do Telégrafo, em Belém, mas não executou nada. Além disso, ele responde por Tomada de Contas Especiais (TCE), por não conseguir usar em benefício da população quase R$ 76 milhões de recursos enviados pelo Governo Federal para a urbanização da Vila da Barca. A TCE é um instrumento de que dispõe a Administração Pública para ressarcir-se de prejuízos financeiros.

Documentos da Caixa e do TCU comprovam descaso.

De 5 contratos assinados entre a Prefeitura Municipal de Belém e a Caixa Econômica Federal (CEF), entre os anos de 2003 (gestão Edmilson Rodrigues) e 2011 (gestão Duciomar), somente a Etapa 1 foi construída, ainda na época em que Edmilson era prefeito. Depois dessa obra, que teve custo total de R$11,6 milhões, todo o dinheiro depositado pelo Governo Federal para execução das demais etapas ficou parado na conta da Prefeitura: mais de R$ 75.6 milhões. Desse total, R$ 42 milhões deveriam ter sido empregados por Zenaldo para execução da Etapa 3 da Vila da Barca.

PROMESSAS

Quando assumiu a Prefeitura, há quase 4 anos, Zenaldo esteve na Vila da Barca. Durante a visita, anunciou a conclusão da “primeira etapa” do projeto de habitação com a retomada das obras. Na ocasião, ele também prometeu que as obras da segunda etapa seriam retomadas em maio daquele mesmo ano.

Nada disso foi feito. Segundo os documentos, a última medição feita na obra da Etapa 3 foi em 27 de novembro de 2013, quando foram repassados mais de R$ 18 milhões pelo Governo Federal para a Prefeitura de Belém. Hoje, essa etapa se encontra paralisada, segundo relatório da Caixa.

(Diário do Pará)