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HQ ambientada no Ver-o-Peso busca colaboração

Castanha vive no Ver-o-Peso. Circula, do despertar ao entardecer, em busca de abrigo, alimento, atenção e diversão. Entre pequenas contravenções e molecagens, vaga sem destino em meio à fartura de alimentos e ao visual exótico do bairro da Cidade Velha. O

Castanha vive no Ver-o-Peso. Circula, do despertar ao entardecer, em busca de abrigo, alimento, atenção e diversão. Entre pequenas contravenções e molecagens, vaga sem destino em meio à fartura de alimentos e ao visual exótico do bairro da Cidade Velha. O personagem de 15 anos é tão magricela que parece ter onze. Possui a cabeça de urubu e o corpo de um humano. Estranhamente, ninguém parece notar, todos estão “cegos”. Ele já faz parte da paisagem.

Assim segue a HQ “Castanha do Pará”, criada por Gidalti Jr., professor e artista visual, e que está em campanha de financiamento coletivo para realizar sua publicação. Inspirado no conto “Adolescendo Solar”, do paraense Luizan Pinheiro – que por sua vez teve como trilha a música “Olha o Menino”, de Jorge Ben –, em sua história ele explora um dia na vida desse personagem marginalizado por sua condição social e pelo descaso do Estado, bem como os contrastes estéticos e sociais dessa área de Belém.

“O enredo e o personagem surgiram ler o conto de Luizan Pinheiro. Fiquei muito interessado em transformar aquilo em uma novela gráfica. Relacionei os tradicionais urubus da região com o menino abandonado, criando assim um design híbrido, menino e bicho. Expandi o universo original da obra para a intimidade do personagem, como a família, a rua onde morava e os amigos de infância, antes da rua virar a sua casa favorita”, conta Gidalti.


TRÊS ANOS DE APRIMORAMENTO

O projeto da HQ “Castanha do Pará” surgiu enquanto o artista estudava quadrinhos na Quanta, academia de artes de São Paulo. “Meu professor tinha o contato de um editor francês que estava interessado em histórias com enredos brasileiros. O projeto ainda estava amadurecendo e acabou não rolando com o editor da França. Persisti e fui deixando o projeto mais profissional e bem resolvido”, conta.

A HQ busca colaboradores para ser publicada. (Foto: divulgação)



Durante três anos Gidalti continuou pesquisando, estudando e avançando no álbum. “Trabalhar com arte requer paciência e persistência para que a obra se desenvolva sem comprometer sua potência. Aprendi a controlar a ansiedade de artista iniciante e entendi que tudo tem seu tempo”, diz ele. Talvez a técnica para execução das imagens tenha sido o processo mais lento. Por não se considerar um novelista, sua principal linguagem é a imagem. E Gidalti foi muito criterioso na execução gráfica da obra.

“Durante um ano, fiquei estudando várias técnicas de desenho e pintura, enquanto amadurecia a história e os diálogos. Participei de vários eventos de quadrinhos, cursos de pintura e desenho e fui recebendo feedbacks do projeto. Mas o grande responsável pela escolha da aquarela foi o meu editor, S. Lobo”, conta. O resultado é um livro que terá cerca de 80 páginas e aguarda a colaboração do público para sair da gráfica.

COLABORE


A campanha oferece diferentes recom pensas para cada valor doado. Tem desde agradecimento direto no livro até pinturas em aquarela, aguada de naquim, pôster , camisa oficial da HQ e pintura a óleo.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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