1822 vítimas são feridas a tiros em 9 meses na RMB

Entre janeiro a setembro desse ano, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, atendeu diariamente uma média de 6,74 pacientes feridos por arma de fogo.

Em números mais precisos, foram 1.822 casos de pacientes vítimas de violência que resultaram em feridos por arma de fogo na Região Metropolitana de Belém.

O índice de atendimentos diários praticamente já equivale à mesma porcentagem registrada durante todo o ano de 2015 – de 6,46 atendimentos por dia - quando 2.359 pessoas deram entrada no hospital após terem sido vítimas de ferimento por arma de fogo. O Metropolitano não divulgou o número de pacientes que morreram após terem dado entrada no hospital, nessas circunstâncias.

Na realidade, o número de pessoas feridas por arma de fogo na Grande Belém e no Pará é bem maior do que o registrado pelo HMUE haja vista que em muitas ocorrências as vítimas são socorridas e levadas para os Hospitais Prontos-Socorros Humberto Maradei (PSM do Guamá) e Mario Pinotti (PSM da 14), além de UPAs. Não se tem dados oficiais de quantos atendimentos a pacientes feridos por arma de fogo estas unidades registraram este ano e em 2015.

No entanto, mesmo levando em consideração somente os dados do Hospital Metropolitano já se tem a confirmação de estatísticas preocupantes que apontam para um aumento do uso de armas de fogo em vários crimes, na grande Belém.

Em diversos casos, inclusive alguns deles noticiados pela imprensa, as armas usadas são de calibre e modelo de uso exclusivo da polícia.

Com o intuito de verificar se aumentou também o número de apreensões de armas o DIÁRIO solicitou, desde a última terça-feira (18), à Secretaria de Estado de Segurança Pública o número de apreensões de arma de fogo feita pela polícia esse ano e também no ano passado, mas até o fechamento dessa edição a Segup não forneceu qualquer dado.

(Denilson D`almeida/Diário do Pará)