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Jatene não investe em segurança pública

O Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) comprova o que todo paraense já sabe: a Segurança Pública no Pará é uma das piores do Brasil. Os dados foram levantados juntamente pela revista inglesa The Economis

O Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) comprova o que todo paraense já sabe: a Segurança Pública no Pará é uma das piores do Brasil. Os dados foram levantados juntamente pela revista inglesa The Economist e a consultoria Tendências.

A pesquisa põe o Pará na vergonhosa 19ª posição no ranking nacional no item Segurança Pública, nos anos de 2015 e 2016. O item considera, entre outros fatores, a segurança no trânsito, o número de homicídios e a segurança pessoal. Sob o Governo Simão Jatene, a violência e o medo da população de sair às ruas ou mesmo de permanecer com tranquilidade em casa não param de crescer.

O ambiente é de guerra civil e os dados do CLP mostram esse cenário. A pesquisa só passou a medir o fator Segurança Pública no ranking de competitividade a partir de 2015. Nos anos anteriores, a medição era restrita ao número de homicídios por 100 mil habitantes, o que passou a ser calculado a partir de 2012. Neste item, o Pará figura, de 2012 a 2014 com o número de 35 homicídios ou mais para cada 100 mil moradores. Esses números, segundo a avaliação do CLP, equivalem a um ambiente vulnerável e inseguro. Olhando somente os números de homicídios entre os anos de 2015 e 2016, o Pará despenca para 23º lugar, num ranking de 27 estados mais o Distrito Federal.

O retrato da violência e do medo no estado é diariamente estampado nas manchetes do DIÁRIO. São os cidadãos acuados pelo avanço da criminalidade no Estado. Exemplos não faltaram. Um major da PM foi assassinado dentro de casa, em Santa Izabel, por 3 assaltantes. Uma comerciante foi morta a tiros dentro da própria loja, em Ananindeua, e pacientes foram assaltados dentro de um hospital em Belém. A onda de violência fez também um homem ser morto na frente da família, no bairro Marco, em Belém.

GUERRA CIVIL

Nem mesmo o Instituto Médico Legal escapa. Em Castanhal, ladrões roubaram armas de seguranças de plantão. No último dia 6, uma onda de assassinatos em série tomou conta da região metropolitana, com quatro homicídios em nove horas, na Região Metropolitana da capital. Foram crimes violentos em Ananindeua, Icoaraci e Marituba. Um claro retrato de ‘guerra civil’, com a ausência de ações eficazes por parte do Estado.

Presidente do Conselho de Administração do Fórum de Segurança Pública, Paulo Sette Câmara, que foi o secretário estadual de Segurança no governo Almir Gabriel (PSDB), no final do anos 90 e início dos anos 2000, aponta um dos fatores para a alta da violência: a criação de municípios sem estrutura, que desencadearam bolsões de pobreza e abandono. Para Câmara, nenhuma ação pública de segurança se sustenta sem a implementação de políticas públicas nas áreas de educação, saúde e saneamento. Câmara ressalta que ações isoladas nunca darão resultado e é preciso olhar o estado como um todo.

“O Pará é um estado muito grande, com algumas ilhas de prosperidade. Porém, a pobreza é igualmente grande”, avalia. “Não basta colocar policiamento nas ruas. É preciso dar condições de vida, com acesso a itens básicos como escolas, água e esgoto, para que a violência diminua”. Câmara reforça a necessidade de o estado se debruçar sobre números e entender que segurança tem ligação com outras necessidades e direitos da população.

(Erica Ribeiro)

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