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Processo para a internacionalização

A partir da decisão de tentar internacionalizar a produção, outros passos começam a surgir no caminho da indústria ou empresa. Verificar qual mercado se encaixa mais com aquele produto ou serviço, conhecer custos de logística e realizar os contatos são al

A partir da decisão de tentar internacionalizar a produção, outros passos começam a surgir no caminho da indústria ou empresa. Verificar qual mercado se encaixa mais com aquele produto ou serviço, conhecer custos de logística e realizar os contatos são alguns deles.

"O processo de internacionalização tem um desdobramento grande. Não é um processo difícil, mas é cheio de detalhes. Nessa fase, é importantíssimo que as empresas tenham apoio de instituições que estão engajadas na área", comenta Keyla Reis, gerente da unidade de mercado do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Pará.

Além da Federação da Indústria do Pará, o Sebrae também oferece o serviço de consultoria e avaliação das indústrias que queiram buscar mercados externos. "Para cada país, o procedimento de exportação muda completamente. Cada mercado tem exigências pontuais e o empresário tem que se preparar para isso", explica a gerente.

AVALIAÇÃO

Um dos primeiros passos para quem quer internacionalizar a produção é fazer um diagnóstico da indústria ou empresa. O Sebrae oferece, por exemplo, um diagnóstico online, sem custos, que identifica em que nível a empresa está e quais pontos devem ser trabalhados caso ela decida ingressar no comércio exterior.

"Esse diagnóstico vai gerar um relatório e, através dele, é possível ver em que nível o empresário está. Verificar quais pontos ele precisa ajustar e que soluções podem ser propostas", conta Keyla.

CONSULTORIA E FORMAÇÃO

Depois do diagnóstico, a indústria ou empresa pode buscar uma consultoria que pode ajudar a realizar pesquisas de mercado, prospecção de mercados externos e até marcar encontros de negócios internacionais.

"O Sebrae pode colocar o empresário nesse canal de negociação, além de uma preparação da empresa para o mercado internacional. Por isso, nós indicamos que eles nos procurem para que ofereçamos esse encaminhamento. As consultorias são focadas nas necessidades: se ele precisa, por exemplo, adequar só a embalagem para o mercado internacional", afirma a gerente de mercado do Sebrae.

Há ainda a opção do industrial ou empresário realizar cursos online, sem custos, por meio de uma plataforma do Sebrae de Ensino à Distância. Há formações como "Análise e Planejamento Financeiro" e "Como Vender Mais e Melhor", que podem ajudar a enfrentar os desafios do processo à frente.

Realizar um diagnóstico da empresa é um dos primeiros passos para quem pensa em internacionalizar a produção, diz Keyla Reis. Foto: Divulgação

ETAPAS

"Às vezes, os empresários acham que é um processo muito complicado, mas, depois que eles conseguem, dão um feedback de que não é tão difícil", afirma Keyla Reis. Um dos pontos essenciais nesse processo, diz a gerente, é a busca pelo conhecimento do mercado e da própria produção.

"Um dos principais fatores a serem enfrentados é a falta de conhecimento do mercado. Além disso, os aspectos culturais e técnicos do mercado onde o empresário vai atuar, a questão do idioma, até mesmo a embalagem que será comercializada precisa ser trabalhada. A logística - se o produto irá via aérea, via navio - também é um dos aspectos mais importantes", detalha a gerente.

Outro aspecto a ser observado é se a indústria ou empresa terá capacidade para produzir em quantidades de escala exigidas pelos mercados dos outros países. "É preciso saber para quem vai vender, se serão para pequenos mercados de bairros, para padarias, para redes de supermercados. É importante contar também com contatos de negócios e apoio de distribuidores locais", explana Keyla.

GANHOS COM O PROCESSO

As dificuldades no processo de internacionalização existem, mas os ganhos também aparecem em grandes proporções. "Uma das principais vantagens é a ampliação da lucratividade. O empreendedor conquista novos clientes, não fica na dependência apenas do mercado interno. É uma chance de aumentar o faturamento", comenta Keyla.

Além disso, vale lembrar que a preparação para o mercado exterior é um impulso para otimizar o atendimento ao mercado interno. “Para o mercado local, essas empresas ficam altamente competitivas. Essa movimentação é interessante. A atuação internacional mostra que é uma empresa com sustentabilidade boa no mercado interno, já amplia essa atuação com o mercado local”, conclui a gerente do Sebrae.

Para saber mais sobre o serviço oferecido pelo Sebrae é só entrar em contato pelo telefone 0800 570 0800 ou pelo site da instituição no Pará.

O DOL conversou também com industriais e empresários que alcançaram ou buscam mercados externos. Veja os relatos:

A empresa Ná Figueredo, que existe há mais de 25 anos, esteve em agosto deste ano na Colômbia Fashion Week, a Colombiamoda, feira de moda do país, que reúne produtores e empresários do mundo todo. E Natalício Santos, o Ná, garante: a indústria têxtil tem um potencial enorme, esperando para ser explorado.

"Na Feira, fizemos contato com muitos compradores, como a maior rede de supermercados da Colômbia. O forte dessa rede é o setor têxtil. Quase 70% do faturamento é de roupa. Os representantes deles falavam: apresenta a coleção de vocês que a gente compra", relata Ná.

Mercados de países da América Latina, por exemplo, seriam grandes oportunidades para os produtores paraenses. "O Colombiano lembra muito o paraense. Tem uma cultura muito colorida. As nossas roupas funcionam. É um povo muito alegre. Toda América Latina é um mercado possível para a gente, um mercado à disposição", comenta o empresário.

Para Ná Figueredo, um dos diferenciais é explorar as formas da Amazônia no design e ter uma boa preparação interna das empresas. "O diferencial é o design. É explorar a região, as formas da região. A Amazônia já é uma marca, o próprio nome já vende para o mundo. Somos uma região que nos favorece a exportar produtos", afirma Ná.

Com menos de um ano de funcionamento, a Benke Foods foi uma empresa que nasceu para a exportação. A ideia de Luciano Murakami, chef e CEO da Benke, é levar iguarias da culinária amazônica para outros países, a partir da produção no município de Tucumã, sudeste paraense.

A empresa trabalha com geléia de frutas como cupuaçu, taperebá, açaí e castanha do Pará, por exemplo. O nibs do cacau (fragmentos da amêndoa torrada) também é um diferencial da Benke.

"A ideia [da Benke] surgiu pela grande quantidade produtiva na região, por meio de conversas com diversos produtores, tanto da cacaueira como de outros plantios. A partir daí, desenvolvemos uma linha de produtos que geram receita para o produtor e beneficia a matéria que poderia ser descartada por falta de escoamento”, explica Luciano Murakami.

"Como trabalhamos com produtos locais, conseguimos fazer um monitoramento de toda cadeia produtiva, monitorando e também dando treinamento de técnicas de higiene e manipulação para obtermos a bio segurança do produto", comenta o CEO da empresa.

Para Murakami, um dos grandes diferenciais para quem quer alcançar mercados de fora é estudar e se informar o máximo possível sobre exportação e sobre as particularidades do mercado. "Tudo depende da própria logística a ser criada. Se você quer exportar, não existe fronteira, não existe barreira, não existe distância", diz Luciano.


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