Na manhã desta sexta (21) a jornalista Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), atravessou o saguão da superintendência da Polícia Federal, de Curitiba, a passos rápidos. A jornalista passou pela recepção e seguiu em direção à carceragem onde está o marido.
No dia anterior, o advogado Marlus Arns havia dito numa entrevista que Cunha não receberia tão cedo a visita de familiares. "A sociedade está com os ânimos exaltados", disse, lembrando que o ex-deputado foi hostilizado ao chegar na carceragem. Na saída da PF, Cláudia foi abordada por repórteres, mas não disse nada. Não havia manifestantes no local.
As visitas dos presos comuns acontecem sempre às quartas-feiras, mas foi dado a Cunha o privilégio de recebê-la fora do dia determinado por regra. A PF do Paraná disse que, pelo fato de Cunha ter sido preso num dia de visita, foi permitida a entrada de Cláudia na sexta. Disse ainda que outros presos da Lava Jato tiveram o mesmo benefício.
Segundo a reportagem apurou, Cláudia esteve calma durante a visita. O marido também se manteve impassível, como ocorre desde que foi preso. Não houve choro. O lamento de Cunha na manhã foi direcionado aos advogados. Ele disse que sentiu frio na cabeça durante a noite. Fez 12º C em Curitiba na madrugada. Seus advogados levaram para ele um boné e uma touca de lã.
O ex-deputado já havia recebido macarrão instantâneo e uma garrafa pet de dois litros de Coca-Cola.
HABEAS CORPUS
A defesa de Cunha pediu nesta sexta que o Supremo Tribunal Federal revogue a ordem de prisão contra ele.
Os advogados dizem que o fato de o ex-deputado possuir dupla nacionalidade (brasileira e italiana) ou manter dinheiro no exterior não são suficientes para atestar a possibilidade de fuga.
(Folhapress)
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