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Ocupação denuncia irregularidade na saúde indigena

Cerca de 35 indígenas ocupam pacificamente, desde a manhã dessa terça-feira (18), a sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em Belém. Eles protestam contra precariedade no atendimento à saúde indígena, falta de transparência na gestão e den

Cerca de 35 indígenas ocupam pacificamente, desde a manhã dessa terça-feira (18), a sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em Belém. Eles protestam contra precariedade no atendimento à saúde indígena, falta de transparência na gestão e denúncias de irregularidades na direção do órgão. Os indígenas exigem a nomeação de um índio para a coordenação do distrito Guamá-Tocantins da Sesai.

A Sesai é um orgão do Governo Federal que possui 34 distritos espalhados por todo o Brasil, responsável por criar estruturas e atender os indígenas na área da saúde. O distrito Guamá-Tocantins corresponde à area do estado do Pará, e conta com orçamento de R$17 milhões anuais para atender os índios do estado. Porém, segundo os próprios indígenas, a situação da saúde é precária.

Segundo o cacique Piná Tembé, presidente do Conselho Distrital da Saúde Indígena Guamá-Tocantins, os indígenas denunciam situações como falta de transparência na gestão do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Guamá-Tocantins e indicações políticas para escolha dos gestores do órgão.

Em 16 anos de funcionamento deste distrito, nunca houve um indígena na coordenação. "Sempre colocam um apadrinhado político, a situação é grave, como é possível 17 milhões de orçamento e não vemos nada para a comunidade indígena? Esse dinheiro está indo para os bolsos de alguém" afirma o cacique.

O cacique afirma que, na manhã dessa quarta-feira (19), os indígenas apresentarão documentos com diversas denúncias sobre irregularidades na gestão, como desvios de verbas. “São recursos públicos que deveriam ser destinados à saúde indígena, que estão sendo desviados. Queremos uma gestão partilhada que pudesse trabalhar de forma mais transparente e com controle social”, comenta Piná.

“Há índios com curso superior, com formação em administração e contabiidade, mas não conseguimos colocar um índio para ajudar na gestão, e ainda descobrimos um monte de irregularidade”, afirma o presidente do Conselho.

Os indígenas ressaltaram que o ato é pacífico e que nenhum ato contra os funcionários será realizado, por isso o trabalho no Sesai pode prosseguir normalmente. "Só iremos sair daqui quando nomearem um índio para a Sesai", diz Piná.

No ato, há índios das etnias Xikrin, Tembé, Munduruku, Kaiapo, Gavião e Assurini.

O Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins abrange 12 municípios com áreas indígenas, como Jacundá, São Domingos do Araguaia, Parauapebas, Paragominas, Tucuruí, dentre outros.

(DOL)

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