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Saneamento no Pará piora nos últimos 6 anos

O acesso a saneamento básico, coleta de esgoto e água tratada é mais um gargalo que trava o desenvolvimento do Estado do Pará. Desde que o ranking elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a revista The Economist e a consultoria Te

O acesso a saneamento básico, coleta de esgoto e água tratada é mais um gargalo que trava o desenvolvimento do Estado do Pará. Desde que o ranking elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a revista The Economist e a consultoria Tendências, começou a ser divulgado, em 2011, o Pará só vem apresentando resultados ruins.

Em 2011, o Pará ficou na 19ª posição no ranking nacional, num total de 27 Estados e o Distrito Federal. Em 2012, caiu para o 21º lugar e nele ficou até 2014. Em 2015, o que parecia impossível aconteceu: o Pará caiu ainda mais e ficou 22ª posição. O fundo do poço veio em 2016, quando bateu o 25º lugar. Os números mostram o que o paraense vive no dia a dia, resultado da omissão do governo estadual, que torna o Pará o símbolo máximo do descaso com a saúde e o bem-estar da população.

DESCASO

Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, que é formado por empresas com interesse nos avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país, afirma que o Pará não consegue avançar em obras de saneamento por falta de decisão política para isso.

“O Pará é o símbolo do descaso que acontece em toda a região Norte” diz Édison. Nem metade da população da região tem água tratada. “O Governo do Estado tem tudo para fazer, e não faz. O problema não é desconhecido. Mas não é foco, não é prioridade”, explica o executivo. Se compararmos com outros estados da região Norte, o Pará é pior que Amazonas e Tocantins.


O Instituto elabora o “Ranking do Saneamento nas 100 Maiores Cidades”. O estudo mostra a lentidão dos avanços nesse segmento. No Estado do Pará, apenas 45,33% da população tem acesso à rede de água; 2,03% têm acesso a coleta de esgoto e 5,35% a tratamento de esgoto. No Amazonas, 73,90% da população têm rede de água, 6,99% coleta de esgoto e 24,28% tratamento de esgoto. Tocantins tem 77,05% da população com acesso à rede de água, 18,20% são atendidos com coleta de esgoto e 19,44% com tratamento de esgoto.

FALTA DE INVESTIMENTO

Édison Carlos ressalta que a ausência de investimentos por parte do Governo geram impactos ainda maiores no desenvolvimento das cidades e da população. “A água e o esgoto impactam em diversos fatores socioeconômicos e, se não há foco nem investimento, o impacto é negativo”, garante. O índice de doenças como leptospirose no Pará é alto, o turismo se ressente, o valor dos imóveis na região cai.

“Saneamento não é custo. É investimento. Mas o político se preocupa com obras que possam ser vistas pela população, como uma ponte, um asfalto”, afirma ele. “De nada adianta sustentar uma cadeia política onde os governantes se interessam mais pelo status do que pela realização de obras e serviços que atendam ao eleitor, a quem representa”, conclui.

(Erica Ribeiro)

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