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Jatene abandona escola para crianças deficientes

A agenda de eventos da Escola Astrério de Campos, no bairro do Curió Utinga, em Belém, é intensa. São bingos, rifas, gincanas. Mas não se trata apenas da animação de alunos e professores. Essa foi a forma que funcionários e pais de alunos encontraram para

A agenda de eventos da Escola Astrério de Campos, no bairro do Curió Utinga, em Belém, é intensa. São bingos, rifas, gincanas. Mas não se trata apenas da animação de alunos e professores. Essa foi a forma que funcionários e pais de alunos encontraram para arrecadar dinheiro para tentar manter o local funcionando.

A escola é estadual e atende principalmente crianças com deficiências auditivas, mas funcionários que não querem se identificar dizem que a unidade está abandonada. Até merenda escolar está em falta e, muitas vezes, sequer tem água para beber.

Nas salas de ar que deveriam ser climatizadas, há aparelhos de ar condicionado com defeito, além de faltar material de limpeza. A unidade funciona em três turnos e tem 40 salas de aula. Atende crianças e adolescentes com deficiência.

A maioria vem de famílias pobres. Na semana passada, em uma reunião, a direção da escola informou que só havia leite em pó. Sem apoio público, funcionários fazem malabarismo para manter o mínimo.

AJUDA

“É uma parceria mesmo. Os funcionários fazem de tudo para não deixar a escola parar”, contou a dona de casa Claudionora Brito, 44 anos, mãe de um menino de 10 que estuda na escola há 6. Ela faz parte de um grupo de mães que na semana passada decidiram quebrar o silêncio e pedir ajuda. Os bingos e pedidos de doação são a forma que os servidores encontraram para ir minimizando os problemas, mas o que o grupo deseja mesmo é que o Estado cumpra seu papel. A reportagem do DIÁRIO não foi autorizada a entrar na escola.

Grupo de pais se uniu para denunciar a situação calamitosa da escola. (Foto: Mauro Ângelo)

Funcionários compram água para que crianças não passem sede

Quando tem feijão na dispensa da escola, há coleta para comprar temperos. Há duas semanas, havia apenas leite e arroz. A cozinheira serviu mingau de arroz. “Nem todo mundo pode levar merenda para a escola”, conta Kelly Cristina, 34 anos, mãe de um adolescente de 15 anos, que há 9 estuda no prédio.

Como a unidade atende crianças com deficiência, muitas voltam para ter aulas de reforço, mesmo quando estão em outras unidade. “É um absurdo faltar água e os funcionários terem que fazer coleta para que as crianças não fiquem com sede”, reclama Aline Nascimento, 28, que também tem um filho matriculado no local. “Queremos que olhem por nós, que nos deem atenção.”

RESPOSTA SEDUC

Em nota à Redação, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que nesta semana vai fazer a distribuição de produtos classificados como “gêneros seco” - entre os quais arroz, leite em pó, vinagre, farinha de tapioca, açúcar e biscoito cream craker. Informou, ainda, que será feita a distribuição pelo fornecedor contratado pela Seduc dos gêneros classificados como “proteínas” - entre os quais estão carne, frango e carne desfiada. A Seduc não respondeu sobre os outros problemas no local.

(Rita Soares/Diário do Pará)

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