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Icoaraci faz 147 anos em meio ao lixo

Marcado pela tradição do artesanato local, o distrito de Icoaraci, em Belém, completou 147 anos de fundação no último sábado (8). Para quem vive no local, porém, os motivos para comemorar andam cada vez mais escassos. A convivência com problemas de saneam

Marcado pela tradição do artesanato local, o distrito de Icoaraci, em Belém, completou 147 anos de fundação no último sábado (8). Para quem vive no local, porém, os motivos para comemorar andam cada vez mais escassos. A convivência com problemas de saneamento e infraestrutura urbana é diária.

Nas proximidades das olarias instaladas ao longo do bairro do Paracuri, a situação dos canais está longe de ser um atrativo para os turistas interessados em conhecer o processo de fabricação das peças em barro. Mais conhecida como 6ª rua, a rua Santa Isabel tem seus moradores convivendo com o lixo acumulado às margens do canal que recebe o mesmo nome do bairro. Já denunciado pelo DIÁRIO em março deste ano, o cenário de lixo e mato acumulado permanecia, 7 meses depois, na manhã de ontem (11).

Na rua Santa Izabel, o canal não tem proteção. Só há mato (Foto: Fernando Araújo)

OBRA

Dono de um comércio no local há 5 anos, Anderson Gomes, 28, lembra que o problema já se estende desde a época em que a família se mudou para o bairro.

“Quando eles vêm limpar, não tiram todo o lixo porque a beira do canal já tá desabando e não aguenta o trator”, conta. Com tanto lixo e mato ao redor da grande vala, já é difícil identificar com precisão onde termina o barranco.

Anderson conta que uma obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) chegou a ser iniciada no local, porém nunca foi concluída. “Eles indenizaram uma moradora e chegaram a demolir a casa dela, mas nunca começaram a obra”, lembra. “Tá desse jeito até agora.”

Em outra parte do Canal do Paracuri, na proximidade da passagem Espírito Santo, os moradores tiveram, inclusive, a mobilidade reduzida. Nesse perímetro, o mato também camufla a existência do canal, além de obstruir os enormes canos de concreto por onde a água deveria ser drenada. “Aqui tinha uma ponte, mas derrubaram pra desviar o canal. Agora, a gente não consegue mais passar de carro por aqui porque desaba tudo”, explicou o servidor público e morador da área, Nélio Aragão, 40 anos.

Nem a orla de Icoaraci escapa do abandono municipal

Até mesmo nas áreas onde o asfalto já chegou, o transtorno do acúmulo de lixo se perpetua. No bairro de Águas Negras, a Estrada da Maracacuera concentra um amontoado de entulhos. Já na avenida Augusto Montenegro, bairro da Agulha, não é apenas o visual que fica comprometido. O odor proveniente do lixo também não permite que ninguém permaneça por muito tempo no local.

Local de maior visitação de turistas, a orla de Icoaraci também mostra a falta de cuidados. O anfiteatro da orla já não possui a lona que protegia os artistas do sol e da chuva. “Icoaraci está muito abandonada. Sem manutenção, as coisas acabam apodrecendo na orla”, diz a enfermeira Cristina Oliveira, 42 anos.

PREFEITURA

A Prefeitura de Belém, informou, em nota, que está atuando em toda a cidade para combater o descarte de lixo em local indevido. Diversas vias de Icoaraci também fazem parte do roteiro de fiscalização. Além da fiscalização, diz manter equipe permanente para limpeza de lixo e entulho desses espaços. Informa, ainda, que foi feito um levantamento de todas as necessidades na orla de Icoaraci.

(Cíntia Magno/Diário do Pará)

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