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Pará é um dos piores em ranking de desenvolvimento

Há quase duas décadas no poder, o grupo político capitaneado pelo governador Simão Jatene pouco ou nada investiu em setores essenciais para o desenvolvimento do estado do Pará. É o que mostra estudo feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP) - realizado

Há quase duas décadas no poder, o grupo político capitaneado pelo governador Simão Jatene pouco ou nada investiu em setores essenciais para o desenvolvimento do estado do Pará. É o que mostra estudo feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP) - realizado em parceria com a revista britânica The Economist e a consultoria Tendências. Os dados de 2016 apontam o Pará na vergonhosa 21ª posição no ranking nacional de desenvolvimento, que compara as performances dos 26 estados da Federação e do Distrito Federal.

Pilares essenciais ao desenvolvimento, entre eles educação, infraestrutura e sustentabilidade social - que inclui saneamento básico, acesso à água tratada e saúde de qualidade - estão muito abaixo da média nacional, ocupando os últimos lugares. O estudo mostra que nos dois mandatos do atual Governo o Pará andou literalmente para trás.

Os dados coletados pelos organizadores do estudo são de fontes oficiais, como IBGE e Tesouro Nacional. Desde 2011, quando foi iniciada a série de pesquisas, o Pará segue uma trajetória de queda, com baixos resultados em muitos indicadores. Isso aconteceu apesar de um bom ambiente fiscal e de capacidade de investimento do Estado, que tem um dos maiores orçamentos da região Norte.

QUEDA

A pesquisa mostra que, já em 2011, o Pará estava no pelotão dos últimos no ranking nacional (21º lugar). A partir de 2015, com mudanças na metodologia, que passou a medir mais subitens para formar o ranking, o Pará teve nova queda, amargando a 22ª posição nacional, com mais um resultado ruim em áreas importantes: Educação (26º lugar); Sustentabilidade Social (22º lugar); Meio Ambiente (25º lugar); e Segurança Pública (19º lugar).

O economista Fábio Klein, especialista nas áreas de Macroeconomia e Política, explica que a decisão de investimento é exclusiva do governo estadual. A pesquisa aponta uma contradição no caso do Pará, que no item Solidez Fiscal figura no 2º lugar no ranking nacional, atrás apenas de Roraima. Apesar do desempenho fiscal, o Estado apresenta péssimos resultados em itens importantes para o desenvolvimento humano. “O mérito da pesquisa não é a escolha política. Não entramos nessa escolha com o ranking e nem cabe ao ranking mostrar qual é o melhor investimento. Essa é uma decisão de governo”, reitera o economista.

Regiões do Estado não têm a presença do Governo

O professor Henrique Branco, especialista em Geografia e Estudos Amazônicos, diz que os números apresentados para o estado do Pará no ranking não chegam a ser uma surpresa. “Para quem mora aqui - ainda mais na região sudeste, como eu, onde o Estado não se faz presente -, não é uma surpresa”, diz o professor, que reside em Parauapebas. “Nosso crescimento é do tipo ‘rabo de cavalo’, ou seja, cresce para baixo. No Ideb é ainda pior, estamos em 25º lugar, à frente apenas de Alagoas e do Amapá”, comenta o professor.

SEGUNDO MINISTRO

Estudo é vergonhoso para o Governo

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, lamenta a posição de Pará no ranking. “O Pará passa vergonha, quando falamos em desenvolvimento. É isso que mostra a pesquisa, que tem o aval da revista The Economist, uma das mais importantes do mundo na área de economia”, lembra o ministro. “O estudo mostrou ao Brasil que o Pará vive uma situação vergonhosa. Na área da educação, estamos em 26º lugar, penúltima posição dentre todos os Estados do país”, alertou Helder. “Esse péssimo desempenho é resultado de anos de descalabro deste governo estadual”, destacou o ministro.

Para ministro Helder, o Governo passa vergonha mundial (Foto: Marcos Santos/Diário do Pará)

O Pará no ranking

Na edição 2016 do Ranking de Competitividade, o Pará aparece muito mal na foto e volta a apresentar um movimento de queda na sua média total.

25º

Em Infraestrutura - que inclui, entre outros itens, acesso a energia elétrica, qualidade das rodovias, mobilidade urbana.

26º

Em Educação - cujos itens que compõem este pilar destacam a qualidade na educação, oportunidades e desempenho dos estudantes.

25º

Em Sustentabilidade Social - Neste item, estão inseridos o acesso a saneamento básico, o percentual de famílias abaixo da linha da pobreza e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), entre outros.

23º

Em Sustentabilidade Ambiental - que leva em conta a destinação do lixo,limpeza urbana, tratamento de esgoto.

19º

Em Segurança Pública. O item considera a segurança no trânsito, a segurança pessoal e a população carcerária entre outros.

(Érica Ribeiro/Diário do Pará)

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