Centro Cultural é uma casa movimentada pela arte

Uma casa antiga no bairro do Reduto, em Belém, abriga o Centro Cultural Atores em Cena (CCAC). Além de produções cênicas, os integrantes do centro também realizam projetos com outras linguagens, como fotografia, dança, artes plásticas. De acordo com Gê Souza, diretor do espaço, mesmo em sete anos de realizações, eles nunca tinham feito um evento voltado para integrar as linguagens, e foi pensando nessa questão que o grupo formatou a primeira edição do “Cultural – Todas as Artes”, que ocorre hoje, a partir das 17h, com entrada gratuita. A programação terá o grupo musical Os Bandoleiros e a Cigana, e João Urubu, dança do ventre com Nathália Siso, teatro, com apresentação do espetáculo de bonecos “Borbô”, exposição fotográfica, com imagens de Gilberto Guimarães Filho, e videomapping com Kauê Lima.

“Fazíamos muitos eventos fora da casa, em teatros, galerias, em comunidades dos bairros da Pratinha, Canudos, Guamá, e agora queremos usar mais a casa como espaço para experimentação e testar alternativas de apresentação de todas as formas possíveis. Então, para reunir todas as linguagens em um só lugar e comemorar os sete anos do centro, resolvemos apostar nesse formato”, diz Gê Souza.

Um desejo coletivo de produzir arte de forma experimental é o que mantém o espaço independente, que não possui financiamento da prefeitura ou do governo do Estado. Quando o centro foi criado para abrigar o grupo de teatro Atores em Cena, em 2009, não existiam tantos espaços disponíveis na capital paraense que priorizassem a experimentação artística quanto hoje. “Queríamos um lugar onde pudéssemos colocar em prática nossas atividades”, conta Gê Souza.

Por isso, uma parte das atividades do centro é ofertar cursos em áreas como fotografia, teatro e dança. “A proposta é reunir todas as artes, buscar artistas que não estão nos grandes circuitos, trazer esse fotógrafo para expor, experimentar com a companhia teatral, trazer alunos para que não fique apenas na teoria, mas também possam se apresentar e ser vistos”, completa o diretor do CCAC.

(Diário do Pará)