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ESPORTE PARÁ

Vaidades e interesses privados atrapalham o Leão

Há uma semana, o Clube do Remo empatava em 0 a 0 com o América-RN, pela última rodada do Campeonato Brasileiro da Série C, e via o sonho do acesso à Série B passar para o ano que vem. Desde então, os bastidores do Leão se movimentaram, com “tapetão”, intr

Há uma semana, o Clube do Remo empatava em 0 a 0 com o América-RN, pela última rodada do Campeonato Brasileiro da Série C, e via o sonho do acesso à Série B passar para o ano que vem. Desde então, os bastidores do Leão se movimentaram, com “tapetão”, intrigas dentro do clube e, principalmente, muita desunião. E esta desunião tem sido o principal problema dos azulinos nas últimas décadas. Sobre todas estas situações envolvendo o Leão, o presidente do Remo, André Cavalcante, resolveu expor alguns destes problemas ao Bola. Confira.

P - Por que há tanta desunião dentro do Clube do Remo?

R - Eu também queria entender isso, mas eu acho que à medida que as pessoas passarem a entender que o Remo é maior do que todos, nós vamos servir melhor. É lógico que existem embates de posicionamento, mas o que eu vejo é que a gente não consegue colocar os interesses do Clube do Remo acima dos interesses individuais. Aí existem pessoas que já tiveram oportunidade e acabaram não fazendo, ou fizeram de uma maneira equivocada. Pessoas que não querem que outras lideranças surjam. Isso é o que me deixa mais triste, porque este ano nós tivemos a oportunidade de nos unir, para a gente fazer um Remo cada vez mais forte, só que essa ideia naufragou mais uma vez. Eu espero que nos próximos anos nós consigamos fazer isso. E eu me incluo nisso, porque eu estou como presidente, posso ter falhado na tentativa de agregar, de unir todo mundo.

P - Como tu avalias a oposição no Remo?

R - A oposição é importante, porque te dá a possibilidade de corrigir alguns erros, já que eles estão ali, além disso, para fiscalizar. É algo normal, mas tem que ser uma oposição sadia, propositiva, que faça com que a gente avance, e não uma oposição por oposição, como vem sendo feita há anos no Remo. Que torce contra, fica fazendo atos contra, fica conturbando a gestão e tenta atrapalhar de todas as formas. Esse tipo, nós não queremos. Queremos uma que quer realmente o bem do Clube do Remo.

P - Qual é a atual situação financeira do Remo?

R - Financeiramente, nós estamos com problemas sérios, que já vieram das outras gestões, é uma bola de neve que só vem a crescer. Enquanto o Remo não se organizar, só vai piorar. Precisamos saber quanto nós devemos, e já fizemos isso este ano, depois ver se esses débitos procedem e por fim fazer os pagamentos. Este ano, já pagamos mais de R$3 milhões em dívidas trabalhistas, estamos avançando. Pode não ser na velocidade que se espera, mas precisamos destas informações para começar o planejamento.

P - Qual a quantia financeira que o Remo precisa para ficar no azul?

R - É muito impreciso, por que o que seria este azul? Se for para zerar as dívidas do clube, precisamos de R$20 milhões, fora os parcelados. Se for para pagar os jogadores, em torno de R$2 milhões. Mas varia, porque se tiver o dinheiro, dá para negociar e os custos diminuem. O problema é que estamos sem a nossa principal fonte de renda, que é a bilheteria. E que seria em um final de campeonato, onde teríamos as melhores rendas, que nos ajudariam a fazer estes pagamentos. Mas caso a gente não consiga o retorno à Série C, vamos fazer uns movimentos para arrecadar dinheiro e administrar este final de ano, já que os jogadores, antes de ir embora, vão querer receber.

P - O que tu achas da denúncia do Conselho Fiscal (Confis) sobre a tua gestão?

R - Eu acho que, além de uma precipitação, é uma situação de muita falta de amor pelo clube. Até porque a pessoa que está fazendo isso (Heitor Freitas, presidente do Confis) sabe que não existe a possibilidade de se enquadrar em gestão temerária. A Lei da Gestão Temerária é uma inovação trazida pela chamada Lei do Profut. E nós ainda não encerramos o ano. Ainda tem muita coisa a ser feita. Quando você fala em gestão temerária, você precisa ter muito cuidado e a gente sentiu que não houve isso. Ele tem os interesses dele, inclusive políticos, de desacreditar a nossa gestão, em nome de uma possível candidatura de um candidato que ele é simpático. E mais uma vez é Remo contra Remo e a gente fica muito triste com isso.

P - Na próxima quarta-feira, haverá reunião do Conselho Deliberativo (Condel). O que tu esperas desta reunião?

R - Eu estou muito ansioso por esta reunião. Quero ter a oportunidade de mostrar para todos os conselheiros, associados e torcedores do clube, que esta gestão não fez nada de gestão temerária. Talvez esta tenha sido a gestão que mais se preocupou com o Remo. Em ajustar as finanças, arrumar a casa, deixar tudo bem estruturado. Diferente de como nós pegamos. Quando assumimos, em janeiro, estávamos com a luz do nosso ginásio cortada e uma série de situações. E a gente espera deixar de uma forma muito melhor do que quando a gente recebeu.

(Café Pinheiro)

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