Saiba onde achar gasolina mais barata em Belém

Para tentar economizar, a comerciante Ana Lúcia Abrantes, 47, abastece seu veículo com gasolina sempre no mesmo posto, que ela considera o mais barato da redondeza. Ele fica na avenida Pedro Álvares Cabral, próximo à Júlio César. Lá, o litro do produto custa R$ 3,67. Mesmo assim, a moradora da Marambaia desembolsa, no mínimo, R$ 100 por semana para conseguir rodar no carro. “Venho aqui porque estão mantendo esse preço desde fevereiro”, acrescenta.

O motoboy Denilson Freitas, 45, mesmo trabalhando no bairro de Nazaré, prefere encher o tanque naquele posto da Marambaia. E aproveita para ir até o local quando vai fazer entregas naquela região. O gasto é de R$ 70 por semana.

“Já pesquisei os postos pelo centro, só que o mais em conta é aqui”, justifica. Outros postos da capital paraense estão com preços da gasolina mais em conta. Números que também são confirmados no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor do combustível não sofreu queda de preço nas distribuidoras. É o que garante Nélio Murta, vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Pará (Sindicombustíveis). Ele garante que são os próprios revendedores que definem esses preços reduzidos, como forma de atrair a clientela em tempos de crise econômica. Nélio ressalta que, nesta semana, houve um aumento de R$ 1,03 no valor do álcool anidro, utilizado na composição do etanol, este que também é adicionado à gasolina. Isso faz encarecer o preço final do produto.

“Um posto que vende 200 mil litros de gasolina ao mês e que tem um aumento no preço de compra do produto de R$ 0,02, estará deixando de ganhar R$ 4 mil”, exemplifica. Segundo Nélio, atualmente, o preço de compra dos produtos para o revendedor custam: gasolina (R$ 3,45), etanol (R$ 3,15) e diesel (R$ 2,98). Nélio Murta explica que cada posto acrescenta a estes valores os gastos relacionados a aluguel, com pagamento de funcionários, além da manutenção da estrutura dos estabelecimentos.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)