Pacote de ações irá beneficiar o Pará

O estado do Pará será um grande beneficiado pelo Programa de Parceria de Investimentos (PPI) - pacote de concessões e privatizações do Governo Federal. Esse programa tem o objetivo de atrair investimentos privados para o setor de infraestrutura, com destaque para portos, ferrovias, aeroportos e rodovias. O PPI foi lançado na última terça-feira (13), pelo secretário executivo do Programa, Moreira Franco. “O Pará tem um papel central na retomada do crescimento econômico que o presidente Michel Temer está desenhando para o Brasil”, disse Moreira ao DIÁRIO.

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Três projetos do PPI terão impacto no desenvolvimento do Estado: as concessões da Ferrogrão, da Ferrovia Norte-Sul e dos Terminais de Combustíveis de Santarém. A concessão da Estrada de Ferro-EF 170, conhecida como Ferrogrão, tem previsão de investimentos da ordem de R$ 12,6 bilhões e a geração de mais de 116 mil empregos diretos, durante a fase de implantação.

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, é um entusiasta do projeto e vem trabalhando para que a ferrovia saia do papel. Helder destaca a importância da Ferrogrão para o desenvolvimento do Pará e da consolidação do Arco Norte como referência para o escoamento da produção nacional de grãos.

INFRAESTRUTURA

À frente do projeto da nova ferrovia está a EDLP - Estação da Luz Participações, uma das principais estruturadoras de negócios de logística e infraestrutura de transportes do Brasil. Junto com as maiores tradings de agronegócio com atuação no País - ADM, Amaggi, Bunge, Cargill e LDC –, a EDLP desenvolveu os estudos de viabilidade técnica, ambiental e econômico-financeira do projeto, no âmbito de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) instaurado pelo Edital de Chamamento Público nº 11/2014.

Wagner Cardoso, gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, afirma que a Ferrogrão será uma quebra de paradigma no mundo e tornará o Pará a saída preferencial para o escoamento de grãos no Brasil, a custos menores. “O PPI veio em uma boa direção para aumentar a participação da iniciativa privada no investimento e na gestão da infraestrutura. No caso da Ferrogrão, esta será uma obra muito importante para o Pará e para o Brasil”, disse Cardoso. “Com a ferrovia e a BR 163, o Pará será a grande saída para o escoamento da produção de grãos do País. O mundo está atento a isso, já que o fator competitividade entrará em cena, com um custo de frete até 30% menor com o escoamento pelo Pará”.

Já Olivier Girard, sócio da consultoria Macrologística, destaca que a Ferrogrão vai aumentar consideravelmente o trânsito de cargas por portos do Norte, com ênfase em Santarém, Miritituba e Vila do Conde. A consequência, diz ele, é a geração de empregos na região.

(Diário do Pará)