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Tembés preservam ritual de iniciação indígena

Índios Tembé Tenet’har realizam desde o dia 05 de setembro o tradicional ritual de passagem de meninos e meninas (entre 13 e 14 anos) para a fase adulta, na Aldeia Itaput’yr (Flor da Pedra), no município de Santa Luzia do Pará.  Durante sete dias, os índi

Índios Tembé Tenet’har realizam desde o dia 05 de setembro o tradicional ritual de passagem de meninos e meninas (entre 13 e 14 anos) para a fase adulta, na Aldeia Itaput’yr (Flor da Pedra), no município de Santa Luzia do Pará. Durante sete dias, os índios os cantam e dançam para homenagear os novos membros adultos da tribo.

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Neste domingo (11), o encerramento do ritual é festejado com fartura de comidas preparadas durante o período da festa. Alguns pratos do “Moqueado” são caças como: o macaco Guariba e Porco do mato.

Cezar Magalhães

Participam do ritual os meninos que entram na puberdade e as meninas que tiveram sua primeira menstruação. Após a cerimônia, os jovens indígenas tornam-se aptos a exercer as funções de adultos, podendo casar e constituir suas famílias, além de terem de cumprir obrigações e responsabilidades indígenas.

Cezar Magalhães

Segundo a tradição, na fase de criança e adolescência, os membros da tribo não estão autorizados a comer qualquer tipo de alimento, tudo para não prejudicar na sua vida e crescimento. “Quando criança e adolescente, eles não podem comer todo tipo de comida, que venha mais tarde, prejudicar sua vida, e nem sair sem autorização. Eles têm hora para fazer certas atividades, depois de adulto, eles podem comer e ganham liberdade”, explica o professor Tinair Tembé, uma das lideranças da aldeia.

Para o professor, esta cerimônia serve para manter as tradições da aldeia, que com a evolução da tecnologia, sofre para preservar sua identidade. “Mesmo com o avanço da tecnologia, nós mantemos nossos costumes, mais não deixamos de aprender novas coisas, pois, com a tecnologia, aprendemos muita coisa que sirvam para o nosso conhecimento. Não porque somos índios, que não vamos aprender outros modos”, afirma.

Cezar Magalhães

Durante os sete dias do ritual, os jovens são submetidos a uma série de preparativos. Eles têm que dançar e cantar durante o dia e a noite, para que os espíritos não deixem que nada atrapalhe sua transição.

Ao final, eles passam pela cerimônia de pintura corporal, feita com tintura de jenipapo.

Cezar Magalhães

A pintura no corpo das adolescentes e os enfeites marcam o ápice do ritual.

Minha Casa Minha Vida.

Os Tembé foram os primeiros índios contemplados com o Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. Numa primeira fase, foram construídas 150 casas. A Nação Tembé está distribuída em uma área de 280 mil hectares, nas cidades de Santa Luzia do Pará, Tomé-Açu e Gurupi, na fronteira do Maranhão.

Os índios ainda enfrentam muitas dificuldades. Uma delas ainda é a invasão de suas terras. Fazendeiros, posseiros, caçadores e pescadores, continuam insistindo em permanecer na área de reserva, o que tem causado alguns conflitos, durante décadas na área.

Cezar Magalhães

De acordo com Tinair Tembé, eles foram os primeiros índios a serem contatados pelo homem branco, no Maranhão, há mais de 300 anos. “Segundo os mais antigos iam passando de geração para geração, o nosso povo foi encontrado primeiro no estado do Maranhão e, com o passar dos anos, foram se distribuídos por outros lugares, sendo a maior incidência, aqui no Pará”, concluiu.

(Cezar Magalhães)

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