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Edmilson aposta na sua experiência para eleição

Prefeito de Belém por dois mandatos e derrotado nas eleições municipais de 2012, Edmilson Rodrigues joga suas fichas na decepção dos belenenses com atual gestão de Zenaldo Coutinho. “O povo tem direito de errar e de consertar o erro”, afirma. Nesta entrev

Prefeito de Belém por dois mandatos e derrotado nas eleições municipais de 2012, Edmilson Rodrigues joga suas fichas na decepção dos belenenses com atual gestão de Zenaldo Coutinho. “O povo tem direito de errar e de consertar o erro”, afirma. Nesta entrevista ao DIÁRIO, parte da série com os candidatos à Prefeitura de Belém, Edmilson fala de alianças políticas, prioridades de um possível mandato e critica a atual gestão municipal.

P: Nas últimas eleições municipais, o senhor concorreu no segundo turno com o tucano Zenaldo Coutinho e foi derrotado. O que leva o senhor a acreditar que dessa vez o final pode ser diferente

R: O Brasil mudou. Os eleitores estão mais conscientes, têm uma visão mais crítica. O povo tem clareza do seu direito de decidir, às vezes até de errar, mas também tem muito claro a obrigação de consertar o erro. E tem outro elemento: o Zenaldo criou, no processo eleitoral, a ilusão de que estava preparado, que era competente para desenvolver um bom governo. Por outro lado eu me sinto, preparado. Além da minha formação, há a experiência de vida administrativa e parlamentar intensa. Eu conheço cada bairro de Belém e conheço o que pensam os cidadãos de Belém .

P: O Brasil vem passando por uma guinada conservadora e o senhor é candidato declaradamente de esquerda. Isso lhe tira votos do eleitorado conservador?

R:Se a gente analisa isso mais cientificamente, eu diria que essa não é uma verdade absoluta. É isto que explica que eu esteja em primeiro lugar em Belém. O Psol é um partido de oposição ao projeto neoliberal. Se opôs ao governo de Dilma, mas se opõe ao governo de Michel Temer. O Psol apresenta um projeto de mudanças para o Brasil. Mudanças estruturais, em favor dos trabalhadores, dos que vivem do trabalho.

P: O prefeito Zenaldo Coutinho já declarou que teve problemas com as obras do BRT por causa de falhas na sua gestão...

R: Na campanha passada, ele se elegeu alegando que a culpa era de Duciomar e minha. A gente tem de pensar para frente. Eu não vou culpar a incompetência de Zenaldo, porque o povo já viu que tudo o que ele prometeu, não fez. Ele prometeu o S da saúde, mas fechou os postos 24 horas. E esse é um compromisso nosso: retomar esses postos.

P: Além da saúde, o que o senhor considera como prioridade de um possível mandato?

R:Segurança.

P: Mas segurança não é uma atribuição do Estado?

R:A competência em certo nível é Federal, quando tem a defesa nacional, combate ao tráfico de armas e drogas. A competência constitucional é do Estado, mas a prefeitura não pode cruzar os braços. Nós arrecadamos R$ 100 milhões ao ano da contribuição de iluminação pública. Iluminar a metrópole é ajudar na segurança. Nós temos uma guarda municipal deficitária. Vamos fazer um concurso no início de 2017.

P: O senhor é a favor da guarda municipal ser armada?

R:Eu sou favorável.

P: Hoje, alguns movimentos de esquerda falam até em extinção da própria Polícia Militar ...

R:Mas uma coisa é PM que é militarizada, tutelada pelo Exército, pelas Forças Armadas. O fato de a Guarda Municipal ter o poder de polícia, não significa ser militarizada. A formação jurídica, o conhecimento da Constituição Federal, da legislação nacional e internacional sobre os Direitos Humanos são pontos fundamentais desse trabalho. A criação da Secretaria de Segurança é uma prioridade máxima. E teremos um conselho que vai ser composto por especialistas em segurança, inclusive com membros da guarda. Vamos convidar os governos Federal e estadual para nos ajudar a pensar a política de forma integrada.

P:O senhor vai ressuscitar o orçamento participativo?RNão com esses termos. Vai ser mais radical. Vamos fazer um governo superador de qualquer experiência de governo, em termos de participação popular. PNa prática, como seria essa experiência mais radical?

R:Todas as estruturas de governo, todas as Secretarias terão como princípio ouvir, decidir e governar junto com o povo.

P:Isso não pode criar demora nas decisões?

R:Não. A gente tem uma cidade que é material. É concreto, asfalto, prédios, mas a cidade não existe sem o seu substrato social, sem uma dinâmica social. Essa dinâmica impõe a necessidade de que povo fale, proponha, lute, trabalhe, crie seus filhos, e ao mesmo tempo, planeje.

P:E o BRT, o que o senhor vai fazer com ele?

R: O BRT tem de ser concluído, com base no planejamento que vai ser feito a partir, se Deus quiser, de novembro e dezembro.

P:Por que o Psol não quis fazer coligação com o PT?

R:Quando você está no comando de uma campanha, o que é focado realmente é o partido do candidato. Então, quantos partidos estão coligados com os demais candidatos? Eu sou do Psol, outros partidos ingressam na coligação. Esse é um debate mais interno. O PT tem gente muito boa e lutadora. Mas, dentro do debate interno, não houve uma posição favorável.

P:Em julho, o senhor recebeu uma condenação por improbidade administrativa, em razão da compra de livros sem licitação na época em que foi prefeito. Como o senhor está tratando dessa questão?

R:A condenação está suspensa, porque nós interpusemos um recurso, dado ser uma decisão totalmente esdrúxula e muito estranha, com todo respeito à Justiça. Eu estranho porque nunca fui chamado. Que história é essa? De repente, tem uma decisão? A condenação não prosperará. Para você ter uma ideia, todo o balanço do Fundo de Desenvolvimento da Educação já estava em arquivo morto e foi recuperado para provar que a prestação de contas estava totalmente lícita e que a prestação desse convênio foi importante para a alfabetização de adultos, em Belém.

(Rita Soares/Diário do Pará)

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