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Sessão com Dilma Rousseff no Senado chega ao fim

Por volta das 23h45 dessa segunda-feira (29), encerrou o depoimento da presidente Dilma Rousseff no Senado Federal. Rousseff respondeu, desde o início da manhã, perguntas de senadores nessa fase decisiva do julgamento do impeachment. A presidente afastad

Por volta das 23h45 dessa segunda-feira (29), encerrou o depoimento da presidente Dilma Rousseff no Senado Federal. Rousseff respondeu, desde o início da manhã, perguntas de senadores nessa fase decisiva do julgamento do impeachment.

A presidente afastada chegou ao Senado por volta das 9h. Cada senador teve direito a cinco minutos para os questionamentos. Dilma usou, diversas vezes, mais de cinco minutos para as respostas.

GRÁFICOS

Nas respostas, Dilma se esforçou para desmontar a tese da acusação de que ela tenha praticado uma forma de “estelionato eleitoral” em 2014, quando teria ocultado a verdadeira situação das contas públicas durante a campanha eleitoral para ganhar votos.

A presidenta apresentou gráficos e dados que demonstram que a crise econômica mundial se deteriorou a partir de outubro de 2014, piorando ainda mais em janeiro de 2015. Segundo ela, o preço do petróleo caiu e o dólar subiu em relação a todas as moedas do mundo, o que provocou impacto também sobre o real.

Ainda de acordo com a presidenta, não era possível ao governo prever esse agravamento. “Eu não menti no processo eleitoral”, garantiu Dilma ao senador Magno Malta (PR-ES). “Ninguém sabia que teríamos uma queda de mais de US$40 [no barril de petróleo] nesse processo iniciado em outubro, durante a eleição, mas que fica intenso no início de 2015. Nós não controlamos, nem nós nem ninguém controla, a política do Banco Central americano, nem do governo americano”, completou.

Dilma também voltou a responsabilizar o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pelo processo que está sofrendo. Ao ouvir do líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB) que o processo nasceu nas ruas e não na Câmara a presidenta retrucou.

“Estou dizendo que é um golpe parlamentar. Não concordo que o processo veio das ruas de forma espontânea. Tratava-se de uma chantagem explícita do senhor Eduardo Cunha”, afirmou.

Durante todo o depoimento, a presidenta exemplificou situações em que seu governo teria sido sabotado na Câmara. Segundo ela, as chamadas pautas-bombas e a falta de funcionamento das comissões permanentes da Casa foram formas utilizadas para prejudicar o funcionamento do governo e propiciar o processo de impeachment.

“Deve ser também ressaltado que a busca de reequilíbrio fiscal desde 2015 encontrou forte resistência na Câmara dos Deputados, à época presidida pelo deputado Eduardo Cunha. Os projetos enviados pelo governo foram rejeitados parcial ou integralmente, pautas-bombas foram apresentadas e algumas aprovadas. As comissões permanentes da Câmara, em 2016, só funcionaram a partir do dia 5 de maio, ou seja, uma semana antes da aceitação do processo de impeachment pela comissão do Senado”, acrescentou Dilma.

SCRIPT

Apesar do esforço de Dilma para mostrar que foi vítima de um complô contra seu governo, o líder tucano a acusou de fugir das respostas objetivas sobre os crimes de responsabilidade que estão em pauta. Para Cunha Lima, a presidenta compareceu ao Senado com um script pronto para todas as perguntas.

“O que estamos vendo aqui hoje é um espetáculo político e não uma defesa. Com a máxima vênia, vossa excelência não responde às perguntas. Tem um script pronto. Tanto faz se a pergunta é sobre pedaladas fiscais ou sobre decretos, a resposta é a mesma. E creia que justificativas e desculpas em torno de crises internacionais – que foram chamadas no passado de marolinhas – não funcionam como defesa”, concluiu o líder.

(Agência Brasil)

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