O policial militar Erinewdo Xavier Souza, de 37 anos, será sepultado às 16h desta segunda-feira (29) no cemitério municipal central de Santarém, região do Baixo Amazonas.
O PM foi morto com um tiro na cabeça, na Rua Osvaldo de Caldas Brito com a Avenida Bernardo Sayão, bairro do Jurunas, em Belém, na noite do último sábado (27). O militar estava de folga e à paisana.
Em um intervalo de apenas 5 dias, 3três policiais militares foram assassinados na Grande Belém, o que eleva para 16 o total esse ano, no Pará, além de outros 10 feridos a tiros.
O crime
O policial, de motocicleta, parou na esquina da rua Osvaldo de Caldas Brito e foi abordado por homens que estavam em um carro preto. O local, segundo os policiais militares que atuam na área é considerado “área vermelha”, com o grande número de “bocas de fumo” e assaltantes circulando dia e noite. Testemunhas disseram que o cabo PM não teve como reagir: os dois assassinos saíram do veículo e deram um tiro contra a cabeça da vítima.
O cabo PM Xavier estava à paisana, mas uma testemunha disse que os criminosos sabiam que a vítima poderia estar armada. O ataque, então, seria para roubar, além da motocicleta, a arma do policial. "Quando eles atiraram, juntou gente e eles não tiveram tempo de ‘baculejar’ (roubar) a vítima", disse um morador da rua, que pediu para não ser identificado.
Após ser atingido, o militar agonizou e foi socorrido por uma viatura da Guarda Municipal. Levado ao Hospital do Pronto Socorro do Guamá, ele não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo, no momento em que recebia atendimento médico. O crime foi registrado na Divisão de Homicídios da Polícia Civil (DH) por um amigo do policial. Ele contou ao delegado Fernando Bezerra que o militar levou tiros na cabeça e tórax e os autores fugiram.
O corpo do cabo Erineudo Xavier de Souza foi velado ontem, no Batalhão Fluvial na rodovia Arthur Bernardes e depois levado para o município de Santarém, sua terra natal.
Acusado de matar cabo é morto por policiais
Após o assassinato do cabo PM Erineudo Xavier de Souza, colegas de farda dele começaram a procurar os matadores. Informantes dos policiais, no bairro do Jurunas, apontaram o paradeiro dos assassinos. Estavam escondidos em casa de parentes e amigos em um quadrado, que englobava as travessas Osvaldo de Caldas Brito, Breves e a avenida Bernardo Saião. Várias casas foram vasculhadas pelos policiais na caçada aos criminosos e vários suspeitos detidos para averiguação. O Centro Integrado de Operações, através dos telefones 190 e 181, passou a ajudar informando aos policiais as denúncias que chegavam.
Exatamente duas horas após o militar ser morto, já às 22h, os policiais souberam que um homem fugia pulando muros e quintais e depois havia subido em alguns telhados de casas do Jurunas. Ele foi encontrado. Armado, o rapaz não se rendeu e trocou tiros com vários policiais. Foi baleado. A reportagem acompanhou a chegada do ferido no Hospital do Pronto Socorro do Guamá, onde deu entrada às 22h30. Dez minutos depois veio a notícia de seu falecimento.
Ele foi identificado como Elias Eduardo Santos da Cruz, 22, e reconhecido por testemunhas do assassinato do cabo PM. O tenente coronel Heitmann acompanhou o trabalho de buscas pelos assassinos do militar. Ele lamentou a morte do cabo PM Xavier e garantiu que as buscas por mais pessoas envolvidas no crime vão continuar. “Estamos dando uma resposta à sociedade”, disse o oficial PM.
Eduardo Santos da Cruz trocou tiros com policiais e morreu (Foto: Divulgação)
(DOL com informações de J.R.Avelar)
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar