Executado na frente da mulher e das filhas

Uma área completamente escura com um grande campo de pelada. A casa da vítima fica bem na frente do terreno e é cercada de madeira na frente e nas outras extremidades é murada. No quarto, deitado na cama em meio a uma poça de sangue estava o corpo de Anderson Siqueira Nobre, de 33 anos, morto a tiros na frente da companheira e duas filhas. Os motivos e suspeitos do crime ainda são desconhecidos.

Do pouco que foi informado à polícia, dois homens teriam aproveitado o silêncio da madrugada e a escuridão para pular um dos muros com o auxílio de uma escada de alumínio, ou através de uma fresta da cerca de madeira. O crime ocorrido na madrugada de ontem (25), na passagem Bom Sucesso, no bairro Das Flores, em Benevides, ainda é um mistério para a polícia. Segundo informações de familiares, Anderson trabalhava com festas de aparelhagem, não estaria sendo vítima de ameaças de morte e não teria envolvimento com a criminalidade.

De acordo com o sargento da Polícia Militar (PM) Sérgio Reis, do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM), uma vizinha teria desconfiado dos latidos dos cachorros e viu os suspeitos pulando para dentro do terreno da casa da vítima. Em seguida, ela escutou apenas os disparos de arma de fogo. “Pelo o que foi informado por moradores, ele estava com a companheira e dois filhos, mas quando chegamos aqui só estava o cadáver na cama. Ninguém soube dar mais informações”, relatou.

A casa teve o acesso isolado pelos policiais militares até a chegada dos peritos criminais do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, para preservar qualquer evidência que auxilie nas investigações da Polícia Civil. Segundo o levantamento feito pelo perito criminal Jorge Lopes, Anderson foi atingido com três tiros na cabeça.

INQUÉRITO POLICIAL

O corpo dele foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), para a necropsia. As informações do caso foram encaminhadas para a Unidade de Polícia Civil de Benevides, que ficará responsável pelo inquérito policial do homicídio.

(Fabrício Nunes/ Diário do Pará)