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Era para ser uma sala de aula da rede estadual...

Localizada na travessa Perebebuí, no bairro da Sacramenta, em Belém, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Santa Luzia foi inaugurada em 1991 e, na época, era referência na educação pública local. “Era muito bonita, destacava-se das demais do ba

Localizada na travessa Perebebuí, no bairro da Sacramenta, em Belém, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Santa Luzia foi inaugurada em 1991 e, na época, era referência na educação pública local. “Era muito bonita, destacava-se das demais do bairro. As pessoas faziam fila no dia de início das matrículas”, lembra Ângela Favacho, funcionária da escola desde sua fundação e que, atualmente, é coordenadora do Conselho Escolar. Mas a realidade mudou. Hoje, o cenário é de completo abandono.

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A unidade atende cerca de 1,3 mil alunos desde o 1º ano do fundamental até o último do ensino médio e funciona nos turnos da manhã, tarde e noite. Porém, boa parte do terreno está coberto por capim alto e as passarelas dos corredores estão com vigas de madeiras envelhecidas e destelhadas.

A quadra de educação física está com o teto danificado, trave enferrujada e a rede rasgada. A cesta de basquete está destruída, o aro enferrujado e o suporte tem a aparência de que pode desabar. Como se não fosse o suficiente, Ângela denuncia também que a Santa Luzia enfrenta infestação de pombos. “Eles prejudicam o teto e sujam o ambiente”, reclama.

Nas salas de aula, os forros estão danificados; os ventiladores, velhos, fazem barulho e não são suficientes para aguentar o calor. Até mesmo a iluminação é precária, visto que a quantidade de lâmpadas é insuficiente. Uma das salas está desativada desde o início do ano com o forro em risco de desabamento.

REFORMA

De acordo com a coordenadora do Conselho Escolar, Ângela Favacho, desde sua inauguração, há 25 anos, a escola Santa Luzia nunca passou por uma reforma geral. “Desde 1991, só houve pequenos reparos aqui e ali, mas nada que revitalizasse o prédio de forma geral”, contou.

OBRA PARADA

O diretor da escola, Miguel Arnaud, disse que, em maio deste ano, uma empresa, via Secretaria Estadual de Educação (Seduc), chegou a ir ao local para verificar o estado da unidade e começou as obras, mas parou por falta de pagamento. “Depois que eles foram, ficaram os entulhos da reforma. É por isso que tem telha e madeira pelo gramado”, esclarece. O diretor explica que a instalação elétrica danificada é um dos pontos a serem cuidados.

ESTUDANTES RELATAM SITUAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL SANTA LUZIA

VENTILADORES

Micaelly Matos tem 13 anos e estuda na Santa Luzia desde 2015. “Eles dizem que vão ajeitar, mas até agora nada”, diz. “Os ventiladores estão tão quebrados que ficamos com medo de cair em cima da gente”, revela.

BANHEIROS

Flávia Costa, 11, é aluna do 6º ano do ensino fundamental. “Parece que o teto pode cair, os banheiros ficam cheios de água no chão e até minha mãe fica preocupada com esse mato todo, porque pode dar cobra.”

Alunos querem fazer paralisação

Depois de visitar a Escola Santa Luzia, o coordenador geral da Executiva Belém do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), Aldo Vasconcelos, revelou que esse é mais um dos exemplos que provam que o governador Simão Jatene não valoriza a educação pública. “Podemos dizer que é mesmo uma política desse governo não investir na educação pública”, afirma.

Uma assembleia com pais, alunos e funcionários, no próximo dia 30, vai discutir formas de pressionar o Governo do Estado a resolver a situação precária da Santa Luzia. “Os próprios alunos estão propondo que haja paralisação geral na escola”, garante o coordenador do Sintepp.

OUTRO LADO

Em nota, a Seduc informa que está providenciando uma reforma emergencial para atender as necessidades da Escola Santa Luzia, a qual contempla melhorias nas passarelas, banheiros e forro. A Seduc informa, ainda, que o projeto executivo da reforma geral da instituição de ensino está sendo finalizado, com prioridade para 2017.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

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