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Uso eleitoreiro do BRT repercute na Câmara

Operários trabalham em pleno sábado (7), meio-dia, nas obras do BRT. Quando assumiu, Zenaldo deixou projeto parado por meses. DIÁRIO denunciou uso eleitoreiro da obra na edição de domingo (Foto: Klester Cavalcante) Na Câmara Municipal de Belém (CMB), a r

Operários trabalham em pleno sábado (7), meio-dia, nas obras do BRT. Quando assumiu, Zenaldo deixou projeto parado por meses. DIÁRIO denunciou uso eleitoreiro da obra na edição de domingo (Foto: Klester Cavalcante)

Na Câmara Municipal de Belém (CMB), a reportagem publicada na edição de domingo (7), do DIÁRIO, intitulada “MP acusa Zenaldo por uso eleitoreiro do BRT”, foi repercutida entre os vereadores. O prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), candidato à reeleição este ano, pode perder o atual mandato e ser impedido de disputar o pleito de outubro.

O motivo da possível punição é que a Justiça Eleitoral acatou a denúncia da Procuradoria Regional Eleitoral sobre as viagens de graça nos coletivos biarticulados do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido, na sigla em inglês). A representação foi feita pela promotora de Justiça Rosana Cordovil e recebida pelo juiz da 97ª Zona Eleitoral, Antônio Cláudio Lohrmann.

A partir do recebimento da denúncia, tem início a instrução processual, que vai confirmá-la ou não. A reportagem do DIÁRIO conversou com um vereador de Belém, que pediu para não ser identificado, mas fez uma análise sobre a disponibilização do transporte público de graça nesta época. Ele disse esperar que a justiça seja cumprida. “Imagina o que é você colocar 15 ônibus à disposição da população gratuitos?”, questionou, sobre o repentino benefício em ano de eleições. O vereador acredita, ainda, que a atitude de Zenaldo Coutinho pode privilegiá-lo nas urnas.

PROBLEMA ANTIGO

Ainda segundo o vereador, o problema na obra do BRT já começa desde que prefeito assumiu o cargo. “Não se inaugura algo que não está pronto. O Zenaldo inaugurou um projeto pela metade”, disse. Ele reforça que a entrega do Terminal de Integração do Mangueirão foi dentro do prazo estipulado por lei - dia 1° de julho. A partir de então, as viagens gratuitas podem ser consideradas uma manobra. Para o parlamentar, a Justiça vai analisar se configura crime, já que elas ocorreram após o período estipulado à entrega de obra.

SANGRIA NO COFRE

Estima-se que a liberação das passagens gratuitas do BRT tenham custado R$200 mil aos cofres municipais, valor equivalente a 20% do limite que deve ser gasto no 1º turno das eleições em Belém. A prática caracteriza o crime de conduta vedada aos agentes públicos. O vereador critica também o transtorno da obra do terminal de São Brás, em frente à Praça do Operário, orçada em R$10,7 milhões, com a entrega prevista para novembro de 2016. “Eles fecharam 3 faixas, sem nenhuma necessidade. O que é isso? Para mostrar que está tendo obra?”, questiona.

SEM RESPOSTA

A produção do DIÁRIO solicitou posicionamento de um representante da Prefeitura de Belém, para falar sobre a denúncia apresentada nesta reportagem, em contato com a Assessoria de Comunicação Social do Município. Contudo, até o fechamento da edição, não obteve nenhuma resposta para os questionamentos descritos nem a indicação de um entrevistado para conversar com a reportagem.

"Perto das eleições é que estão acontecendo as obras. Isso é para ganhar votos”, Manoel Santos, autônomo (Foto: Mauro Ângelo)

População vê tentativa de Zenaldo em obter votos

Nas ruas, a população também entende que as passagens gratuitas oferecidas pelo prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, podem ser uma manobra para garantir votos em sua tentativa de ser reeleito para o Palácio Antônio Lemos, o que configuraria crime eleitoral.

A lojista Edineia Ferreira Dutra, de 40 anos, mora na avenida Augusto Montenegro. “Está na cara que esse prefeito quer votos. O povo não é bobo. Isso era para ter sido feito antes”, comenta.

"Está na cara que esse prefeito quer votos. O povo não é bobo. Isso era para ter sido feito antes”, Edineia Ferreira, autônoma

Quem também questiona a condução do trabalho e a liberação da tarifa, é o autônomo Manoel Santos, de 39 anos. “Eu dirijo. O trânsito aqui em São Brás está um transtorno. Perto das eleições é que estão acontecendo as obras. Isso é para ganhar votos”, avalia.

O aposentado Adomias Bezerra, de 68 anos, critica o projeto. “Aqui ninguém se entende. Para atravessar a rua é complicado. O prefeito está querendo mostrar serviço”, comenta.

MANOBRA POLÍTICA

O vereador ouvido pela reportagem argumenta ainda que manobras políticas devem ocorrer com mais frequência neste período, e pede à população para ficar atenta aos crimes e denunciá-los. Vale lembrar que, na gestão de Zenaldo Coutinho, segundo o Portal da Transparência, já foram gastos R$ 320 milhões com as obras do BRT.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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