plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 26°
cotação atual R$


home
MUNDO

Presos em jaulas, atletas só querem aparecer na TV

O esporte tem a fama de recuperar as pessoas de diversos problemas, com Yolande Bukasa e Popole Misenga foi assim! Tudo poderia ter começado mal, porém para os judocas congoleses os Jogos Olímpicos são a oportunidade de eles mostrarem para os seus familia

O esporte tem a fama de recuperar as pessoas de diversos problemas, com Yolande Bukasa e Popole Misenga foi assim! Tudo poderia ter começado mal, porém para os judocas congoleses os Jogos Olímpicos são a oportunidade de eles mostrarem para os seus familiares que “estão bem”.

O judô entrou na vida dos atletas quando eles ainda eram crianças, mas o esporte marcou suas vidas primeiro pelos dias em que passavam presos a uma jaula.

No Brasil desde 2013, Yolande e Popole vão competir na equipe de atletas refugiados. Há três anos eles vieram para o país disputar competição internacional três anos atrás, mas foram deixados pelo chefe da delegação congolesa no hotel, sem dinheiro e passaportes.

"Não aguentei de fome. Fugi", lembra Yolande.

Eles acabaram revivendo no Brasil o que já tinham experimentado em seu pais: abandono, maus-tratos e fome. Mas aqui ficaram. Eles foram ajudados por angolanos e congoleses.

Nas Olimpíadas do Rio, os congoleses não pensam só nas medalhas, eles querem mesmo é aparecer na TV, para serem vistos por suas famílias, de quem estão distantes há quase 20 anos.

"Não sei se estão vivos", diz Yolande, que vive de favor na Cidade Alta, favela na Zona Norte do Rio.

HISTÓRIA DE VIDA

Na infância Yolande Bukasa e Popole Misenga, com 10 e 7 anos respectivamente, deixaram as suas casas para brincar e nunca mais voltaram. Eles moravam na região do Bukavu, área fronteiriça com Ruanda, e sobreviveram à sanguinária guerra civil congolesa. Na ocasião, cerca de 6 milhões foram mortas e mais de 500 mil pessoas foram refugiadas.

"Eu, criança pequena, voltei da escola e saí na rua para brincar. E nunca mais voltei para casa", lembra Yolande, que não teve, desde então, notícias de sua família.

O menino fugiu para a floresta, onde se alimentava de frutas. Foi resgatado e encaminhado para um centro para crianças refugiadas, na capital Kinshasa, local que conheceu Yolande.

Os dois começaram a praticar judô e se tornaram campeões em seu país, a partir daí começaram a viajar com a seleção nacional.

"Quando vencíamos, ganhávamos algum dinheiro. Quando perdíamos, nos colocavam numa jaula", relembra Yolande.

No Rio de Janeiro, depois de serem abandonados no hotel, eles foram para a região de Brás de Pina.

Popole foi apelidado pelos vizinhos de Cinco Bocas de Popó e hoje é casado com a brasileira Fabiana, com quem teve um filho. Yolande ainda luta para conseguir um lugar para morar.

A ajuda mais concreta que receberam foi do Instituto Reação, do ex-judoca e medalhista Flávio Canto.

"Além de treinamento, nós temos uma equipe multidisciplinar, com nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta e preparador físico. Eles têm uma cesta básica e um kimono", lista o treinador Geraldo Bernardes, quatro vezes à frente da equipe olímpica brasileira e responsável pelas atividades no Reação.

(Com informações da BBC)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Mundo

Leia mais notícias de Mundo. Clique aqui!

Últimas Notícias