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LEIDEMAR OLIVEIRA
Pacientes em estado grave de saúde denunciam que vão receber alta do Pronto-Socorro Municipal (PSM) Mário Pinotti, na travessa 14 de Março, no bairro do Umarizal, em Belém, sem ter como continuar o tratamento. A família do aposentado Valdir dos Santos, 76, diz que o paciente está internado no PSM desde o dia 2 de julho após constatar, por meio de uma tomografia, que tem cálculo na vesícula e tumor no fígado.
O idoso reclama de dor, fraqueza, confusão mental e não quer se alimentar. Apesar do estado de saúde delicado, ontem a família foi surpreendida ao ouvir da médica plantonista que ele terá alta hoje. O que mais surpreendeu os parentes foi ouvir da especialista o motivo da liberação do paciente. “A médica disse que o tumor é benigno, mas não fez nenhum exame mais específico. Além disso, falou que havia outros pacientes esperando para ocupar o leito do meu pai”, informou a filha de Valdir, Valdineia Santos. A família não concorda com a alta e diz que o idoso pode não resistir se for para casa.
Ao questionar a decisão da médica, Valdineia foi aconselhada a levar o paciente a um centro de saúde para uma avaliação. “Queremos que ele seja transferido para um hospital, e não encaminhado para um posto de saúde que nunca resolve nada”, questiona.
VALDIR ALAGOANO
Para quem não ligou o nome à pessoa, Valdir dos Santos é ex-jogador e atuou nas décadas de 1950, 60 e 70. Passou pelo Clube do Remo e pelo Paysandu. É pai de Valber, bicampeão paraense pelo clube azulino, nos anos 90.
OUTRO PACIENTE
Na mesma situação está o paciente Márcio Lopes, 37. Portador de anemia falciforme, doença genética que ataca os glóbulos vermelhos, ele está internado no pronto-socorro da travessa 14 de Março há 20 dias, mas terá de deixar o hospital ainda hoje.
A mãe, Justina da Silva Lopes, 64, diz que a anemia está controlada, mas a doença causou uma dor intensa no ombro do paciente. A médica de Márcio Lopes, por sua vez, receitou algumas medicações a ele, mas a família do paciente diz que não tem como tratá-lo em casa. “Ele veio para cá doente e vai voltar doente? Isso não está certo. Além disso, moramos longe, em Barcarena, e não temos recurso para tratar do meu filho em casa”, lamentou dona Justina.
OUTRO LADO
A reportagem do DIÁRIO DO PARÁ pediu posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) sobre as denúncias e situação dos pacientes citados, por e-mail, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta da assessoria.
(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)
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