Fanpage denuncia machistas de Belém

Machistas não passarão! A expressão é comumente bradada por mulheres nas redes sociais e em situações misóginas. Com a internet, cada vez mais elas se reúnem, discutem ideias e debatem o feminismo.

A fanpage ‘Macho na Roda”, foi criada ontem (17), e tem o “intuito de alertar as manas de Belém sobre os machos escrotos”. Na página, elas relatam casos de machismos sofrido por meninas, causados, principalmente, pelos ex-namorados.

“Nós nos calamos, passamos por muito sem dizer nada, assistimos outras mulheres caírem nas garras de caras abusivos, escutamos os machistas diminuírem nossas manas, mas agora a coisa mudou e nós não vamos nos calar, vamos jogar na roda!”, avisa a fanpage, explicando que os os relatos podem “prevenir que muitas pessoas caiam nas garras de caras abusivos”.

Entre os relatos, há casos de agressão. “Quando ele soube que eu estava com outra pessoa, foi na frente da minha pós-graduação, me espancou por mais de 4 horas com chutes, tapas no rosto, soco na cabeça, apertões e cuspe na cara. Tentou jogar o carro dentro do canal da Tamandaré. Gritava que se eu não fosse dele não seria de mais ninguém. Aquela típica frase machista”, mostra o trecho de um dos depoimentos.

Leia o depoimento completo:

Os manipuladores também são jogados na roda. “V. P, estudante de arquitetura na Unama, paga de charmoso, carismático e engraçadão. Alto, moreno, magro com barba. Molda sua personalidade a partir que percebe o que a mina quer. O boy no começo diz ser liberal e que só quer sexo casual, mas quando percebe que não vai conseguir nada arma todo um plano pra comer mina. Não se preocupa se a ela gozou ou não, consegue o que quer e depois cai fora. É controlador, extorquidor, manipulador e MENTIROSO”, relatam sobre outro homem.

Os nomes deles não são divulgados. Há apenas abreviações do nome e sobrenome. O nome das denunciantes também são mantidos em sigilo pela página.

GIRL POWER

De janeiro de 2014 a outubro de 2015, o número de buscas pelo termo “feminismo” no Google aumentou 86,7% no Brasil – passando de 8.100 para 90.500 buscas, mostrando que ele vem ganhando força na internet e fora dele.

No ano passado, a hashtag #primeiroassedio chegou aos assuntos mais comentados no Twitter, depois de comentários sexistas a respeito de uma menina de 12 anos, que participava de um programa de televisão.

Neste ano, a campanha “Bela, recatada e do lar” também tomou conta das redes sociais, após uma reportagem da revista Veja fazer um perfil com a primeira-dama interina Marcela Temer.

(DOL)