Gritos, desmaios e uma rua quase fechada em protesto. Foi esse o resultado de uma ação dos fiscais da Secretaria de Economia de Belém (Secon) ontem pela manhã, na feira do bairro do Tapanã, na capital paraense. Os agentes tentaram usar a força policial para retirar do local o casal de vendedores ambulantes Francinei Cardoso e Socorro Cardoso.
Ao lado do isopor de chopp do marido, Socorro havia colocado uma lona para a venda de roupas usadas, em uma calçada da feira, localizada em frente à Unidade Municipal de Saúde do bairro. A confusão começou pouco antes das 8h da manhã, quando os fiscais da secretaria passaram e dona Socorro ainda arrumava as roupas. Os fiscais deram ordem para que ela e o marido se retirassem. Houve resistência. Francinei disse aos fiscais que não sairia.
DESESPERO
Os dois agentes foram para a frente da unidade de saúde e começaram a telefonar, em busca de reforço policial. Eles entraram na Unidade de Saúde e voltaram com dois guardas municipais que dão plantão naquele posto.
A vendedora ambulante começou a chorar e desmaiou. (Foto: Elielson Modesto/Divulgação)
“Eu não posso acreditar que vão levar meu marido preso. Não deixem, não deixem!”, pedia Socorro para a multidão que já se aglomerava no local. A comunidade ameaçou fechar a rua. “É uma pena que a Prefeitura não gere emprego e ainda queira impedir as pessoas de trabalhar para ter alguma renda”, disse o líder comunitário Lourival Batalha.
OUTRO LADO
Diante da confusão, o fiscal de sobrenome Rodrigues tentou explicar o que houve. “Eu já avisei a essa feirante que aos sábados e domingos não tem problema ocupar esse espaço, mas durante a semana é complicado e nós precisamos fazer nosso trabalho”, afirmou, sobre o espaço, que é uma calçada ampla no cruzamento das duas vias que dão acesso à feira.
(Diário do Pará)
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