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Há 3 dias, moradores sofrem com falta d’água

Desde segunda-feira (4), duas carroças com recipientes vazios são levadas da travessa WE5, no conjunto Maria Helena Coutinho, em Belém, até uma escola. A volta é com as vasilhas cheias de água. Essa foi a forma que 6 famílias do conjunto encontraram para

Desde segunda-feira (4), duas carroças com recipientes vazios são levadas da travessa WE5, no conjunto Maria Helena Coutinho, em Belém, até uma escola. A volta é com as vasilhas cheias de água. Essa foi a forma que 6 famílias do conjunto encontraram para minimizar os transtornos da falta de água, que afeta não só os moradores do Maria Helena Coutinho, como os dos conjuntos Tenoné I e II e Teotônio Vilela.

Essas famílias pagam R$10 por dia para que as carroças transportem, por 11 quarteirões, a água da Escola Estadual de Ensino Médio Professor Manoel Leite Carneiro - um dos poucos locais do conjunto onde há água -, até as suas casas. “Precisamos levar dezenas de balde para passar o dia. Na manhã seguinte começa tudo de novo”, reclama a líder comunitária Sônia Pantoja, 48 anos. A falta de água tem atrapalhado a rotina da sua família, sobretudo na hora de lavar a roupa e fazer a comida.

“A nossa sorte é que um ajuda o outro porque, só na minha casa, são 8 pessoas, sendo 2 crianças e uma de 70 anos, que sofre de Alzheimer”, afirma. Com a falta de água fornecida pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), todas as manhãs há filas na escola. “Está uma calamidade. A gente tem de passar por uma humilhação vindo para cá todo santo dia”, lamenta a dona de casa Jocelina Lopes, 51.

ESCOLA

Como o seu marido passa o dia trabalhando, Jocelina vai de bicicleta até a escola buscar água. Porém, o que ela consegue só é o suficiente para os serviços básicos. “É um problema em cima do outro. O conjunto Maria Helena Coutinho está jogado às cobras”, reclama. No residencial Roberto Marinho, no Tenoné, a dona de casa Joselia dos Santos, 34, que tem 2 filhos pequenos, precisa ir até a outra rua para buscar água.

“Tenho problemas de saúde e nem deveria ficar carregando peso. Graças a Deus temos vizinhos que têm caixa d’água e fornecem para a gente”, diz. Segundo Joselia, o desabastecimento é constante há cerca de 2 meses. “No mês passado, chegaram a suspender as aulas na escola do meu filho porque não tinha água”, relata.

No Teotônio Vilela os moradores também vivem dias de transtorno. Há 3 semanas a água vinha caindo em pequena quantidade. Porém, desde a semana passada, não sai nada das torneiras. A autônoma Lívia do Socorro, 44, se orgulha de um pequeno jardim que mantém na sacada. Agora, precisa aparar água da chuva para regar as plantas.

(Foto: Mauro Ângelo)

ÁGUA ARMAZENADA

Em boa parte do dia falta água no conjunto Costa e Silva e os moradores nunca sabem a hora que chega. Na residência da dona de casa Andrea Lima, 41 anos, 1 camburão e 2 baldes estão sempre cheios de água. Há 12 dias, o DIÁRIO ouviu reclamações dos moradores do Costa e Silva sobre a falta de regularidade no abastecimento de água no conjunto. O problema, entretanto, continua.

A dona de casa Andrea Lima conta que de um ano para cá, quando o abastecimento ficou irregular, as torneiras ficam sem água por muito tempo. No geral, retorna à noite, bem fraca. “Isso tem triplicado o tempo para fazer as coisas em casa. O pior é que, às vezes, até compramos comida pronta por causa da falta de água”, relata.

DESPESA

O publicitário Paulo Lobo, 54, diz que gastou R$2 mil na instalação da caixa d’água, mas desistiu de comprar uma bomba elétrica, com receio do aumento na conta da energia. Para armazenar água em alguns baldes, ele afirma que acorda diariamente por volta de 5h e liga a bomba o tempo suficiente para que a água chegue até o 3º andar, onde mora.

“Se pagasse outras pessoas para fazer isso gastaria em torno de R$ 25 todos os dia”. Segundo a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), no conjunto Costa e Silva o sistema opera com uma bomba a menos. Segundo o órgão, essa bomba deve ser instalada hoje.

Segundo a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), a falta de água foi provocada porque o poço do setor Tenoné parou de funcionar após o motor e a bomba queimarem. A Cosanpa diz que uma empresa já foi contratada para fazer uma limpeza no poço e que a normalização do fornecimento deve ocorrer amanhã. A Companhia informa ainda que ia iniciar a distribuição de água em carro pipa para o bairro do Tenoné.

(Alice Martins Morais / Diário do Pará)

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