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PMs recebiam até R$ 45 mil por ‘bico’ em minerador

A Promotoria Militar do Pará denunciou 11 policiais militares que vinham fazendo segurança privada para a empresa Reinarda Mineração, subsidiária da australiana Troy Resourses NL. Os policiais teriam recebido pagamentos que variavam de R$ 25 mil a R$ 45 m

A Promotoria Militar do Pará denunciou 11 policiais militares que vinham fazendo segurança privada para a empresa Reinarda Mineração, subsidiária da australiana Troy Resourses NL. Os policiais teriam recebido pagamentos que variavam de R$ 25 mil a R$ 45 mil, pelo serviço ‘extra’. Em fevereiro de 2009, a Reinarda, que explora minas de ouro nos municípios de Floresta do Araguaia e Rio Maria, sudeste do Pará, foi alvo de um assalto cinematográfico.

Na ocasião, cerca de 10 assaltantes interditaram a rodovia que liga Floresta do Araguaia a Rio Maria e interceptaram 4 carros da empresa, renderam os funcionários e arrombaram o cofre da empresa. Na época, a Reinarda não revelou o valor do prejuízo, mas a estimativa é de que foram roubados 50 quilos de ouro em barra.

Após esse episódio, a Reinarda tentou fazer convênio com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) para garantir que homens da PM fizessem a segurança privada da mineradora. As negociações oficiais não avançaram, mas, secretamente, oficiais da PM passaram a trabalhar para a empresa com fardamento e armas de uso exclusivo no serviço da PM. A Reinarda fazia questão de ter no grupo só militares da tropa de elite, o Grupo Tático Operacional.

Em depoimento ao Ministério Público, diretores da empresa admitiram que recorreram aos PMs sob a alegação de que não conseguiram empresas privadas de segurança com armas que pudessem fazer frente aos possíveis assaltantes.

SEM RETORNO

A reportagem do DIÁRIO tentou contato telefônico com a assessoria da Segup, para comentar as denúncias da Promotoria Militar, mas não conseguiu completar as chamadas até o fechamento desta edição.

Armando Brasil cita que situação deu força ao 'Novo Cangaço'. (Foto: Fernando Araújo/Arquivo)

SEM OS PMS, INSEGURANÇA CRESCEU NOS MUNICÍPIOS

Durante a investigação sobre a segurança utilizada pela Reinarda Mineração, o Ministério Público fez operações de buscas e apreensão e interceptações telefônicas, com autorização judicial, que comprovaram as relações estreitas entre a mineradora e oficiais do 22º Batalhão da PM que atua na região de Floresta do Araguaia, no Pará.

Na contabilidade da Reinarda, além dos ‘salários’ de fazer inveja, foram encontradas planilhas de abastecimento de carros da PM e pagamento de cestas básicas. “Havia promiscuidade entre os interesses públicos e privados”, explicou o promotor Armando Brasil que assinou a denúncia contra os PMs.

No documento, Brasil afirma que a atuação dos PMs na segurança privada da empresa prejudicou a população da região.

NOVO CANGAÇO

Segundo Armando Brasil, cresceram os casos conhecidos como “Novo Cangaço”, quando homens armados invadem cidades do interior, assaltam agências bancárias e dos Correios deixando a população em pânico. As cidades ficaram mais vulneráveis, porque a PM estava ocupada fazendo a segurança da empresa privada”. A reportagem tentou contato ontem com a empresa Reinarda em Floresta do Araguaia, para solicitar um posicionamento sobre a denúncia, mas não obteve retorno.

(Rita Soares/Diário do Pará)

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